CRACÓVIA, 28 de set de 2020 às 15:04
O presidente da Polônia Andrzjej Duda explicou recentemente porque o fortalecimento da família é "fundamental" para a existência de um Estado.
Entrevistado pela EWTN/ACI Prensa no dia 25 de setembro, Duda destacou que a promoção da família é “um tema muito importante”, e garantiu que “a família, na minha presidência e na minha vida, tem um valor imenso e na minha maneira de ver o Estado, todo o Estado, mas primeiro, obviamente, o Estado polonês”.
Duda, que recentemente foi reeleito para um segundo mandato como presidente da Polônia, disse que “não há nação, não há Estado sem uma família que tenha filhos, que, por sua vez, causa a renovação das gerações, que significa que a nação permanece e pode criar um Estado”.
"Então, se alguém se considera um patriota polonês, se alguém pensa que a Polônia deve permanecer, que nossa nação deveria existir, então não deveria haver dúvida de que a família em tudo isso tem um significado fundamental", assinalou.
O Presidente da Polônia indicou que “procuro proclamar estes pontos de vista não só na Polónia, e construir este quadro jurídico e sistêmico para que a família possa crescer da melhor forma, ter o maior número de filhos, ser apoiada pelo Estado polonês, conforme estipulado pela Constituição polonesa”.
“O matrimônio, de acordo com a Constituição da Polônia, é uma união entre um homem e uma mulher. E os pais têm o direito de criar seus filhos de acordo com suas convicções. Estes são os direitos fundamentais inscritos na Constituição da Polônia”, recordou.
Para Duda, o seu trabalho na defesa e promoção da família é simplesmente agir “de acordo com a Constituição polonesa. E não hesito em falar sobre isso na União Europeia. Mas eu trabalho, eu sirvo a Polônia, esse é o meu dever. E como os políticos de outros países, outros presidentes, abordam isso, essa é a prerrogativa deles".
“E são suas sociedades que os responsabilizam. Essa é a minha aproximação. E esta é uma aproximação cristã. E esta é, em minha opinião, a abordagem mais profundamente correta”, assinalou.
O presidente polonês destacou que “fui criado em uma família que sempre foi católica, por gerações. Esse é o tipo de família em que cresci. Esta conexão com a Igreja, com a comunidade católica cristã, sempre foi um fato, desde o início da minha vida. E sempre foi muito importante na minha casa para os meus pais e avós”.
Duda também destacou que os nascidos entre as décadas de 1960 e 1980 são conhecidos como “a geração João Paulo II”.
“Crescemos com as peregrinações do Santo Padre. E Cracóvia foi o lugar que o Santo Padre, durante a história do seu pontificado, visitou com mais frequência. Afinal, era a sua cidade. Ele foi o metropolita de Cracóvia e o Cardeal de Cracóvia antes de se tornar Papa”, lembrou.
“E o Santo Padre fez a maior coisa que poderia ser feita pelos poloneses nessa época, mostrou à geração de meus pais quantas pessoas na Polônia pensam igual. Durante o tempo escuro do comunismo, em 1979, veio em uma peregrinação à Polônia e as pessoas se reuniram e viu que havia milhões deles. E essas milhões de pessoas são da mesma fé e pensam igual”, disse.
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Duda destacou que a peregrinação de São João Paulo II à sua terra natal “foi o início das mudanças na Polônia. E depois disso, em 1980, foi criado o Solidarnosc (Solidariedade). Este ano estamos comemorando o 40º aniversário do Solidarnosc. E esse foi o começo do fim do comunismo. Apesar da imposição da lei marcial, tudo isso não poderia ser interrompido".
“O Santo Padre estava aqui (em Roma) e estava vigilante o tempo todo. E é assim que temos liberdade, por causa dele. Não há dúvida disso”, garantiu.
Andrzjej Duda, que é lembrado por pegar cuidadosamente uma hóstia consagrada do chão para que não sofresse nenhum dano pouco antes de iniciar seu primeiro mandato presidencial na Polônia, em 2015, também falou sobre aqueles que profanam a Eucaristia.
“Nossa religião nos diz para sermos dóceis. Nossa religião católica nos diz até mesmo para amar nossos inimigos. Isso é o que Jesus nos ensinou. Isso é muito difícil, mas todos devem tentar e todos devemos viver da melhor maneira possível”.
“E acho que isso é abusado por vários tipos de artistas que são inimigos do Cristianismo e do Catolicismo”, aqueles que profanam assim a Eucaristia sabem que “os católicos, os cristãos, não lhe prejudicarão de nenhuma forma por isso”.
Os supostos artistas que profanam a Eucaristia, acrescentou, têm "uma coragem barata".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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