SANTIAGO, 19 de out de 2020 às 15:14
A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) classificou como "crimes de ódio" os ataques de vandalismo que ocorreram ontem no Chile contra as igrejas de São Francisco de Borja e da Assunçãi, e pediu que o governo garanta a proteção dos edifícios religiosos.
El dolor no tiene la última palabra mientras la esperanza y la vida vivan en la humanidad. (Parroquia La Asunción y Parroquia Francisco de Borja tras el ataque del 18 octubre) pic.twitter.com/94SKEsto5v
— Giselle Vargas ن (@Giselle_VN) October 19, 2020
"Pedimos ao governo chileno que garanta a proteção dos edifícios religiosos contra crimes de ódio deste tipo", expressou o presidente executivo da ACN, Thomas Heine-Geldern, em comunicado lembrando que desde outubro de 2019 mais de 57 templos e edifícios religiosos foram atacados no Chile.
No domingo, durante as manifestações do primeiro ano de protestos sociais no Chile, grupos de vândalos atacaram os dois templos localizados no centro de Santiago. A igreja de São Francisco de Borja, usada para os serviços religiosos dos Carabineiros, foi atacada à tarde e a igreja da Assunção foi incendiada durante a noite. A torre deste último desabou devido a um fogo.
Os atacantes colocaram vídeos e fotos dos danos nas redes sociais, enquanto outros posaram com as imagens religiosas destruídas.
Manifestantes posan y se toman fotos junto a figuras religiosas calcinadas tras incendio de la Iglesia de Carabineros
— Publimetro (@PublimetroChile) October 18, 2020
?https://t.co/ClWzP0cXfH pic.twitter.com/L4JoR8RBIG
A ACN indicou que “embora seja legítimo manifestar e apelar a mudanças sociais, o ódio desenfreado contra grupos religiosos gera violência e destruição e deve ser abertamente condenado em todo o mundo, como foi feito no passado com outros crimes semelhantes”.
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“Estamos consternados com as agressões, saques e ataques a igrejas em Santiago, no Chile: os acontecimentos de ontem mostram onde chega a violência e o ódio promovidos por alguns grupos”, assinalou.
Quemando una iglesia en Chile. La degradación ha llegado al punto en el que la violencia es celebrada. pic.twitter.com/Qb1pUO7K5j
— David Ghitis (@ghitis) October 19, 2020
“Expressamos a nossa proximidade e apoio ao pároco da Igreja da Assunção, Pedro Narbona, que há muitos anos apoia diretamente o trabalho da seção chilena da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), em favor dos cristãos perseguidos”, acrescentou.
Heine-Geldern disse que na ACN "estamos consternados que tenha que sofrer em primeira pessoa um nível de violência contra a Igreja que até agora só conhecíamos de outras partes do mundo".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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— ACI Digital (@acidigital) October 19, 2020