Após os ataques perpetrados contra a igreja de São Francisco de Borja e a paróquia da Assunção, em Santiago, Chile, o Arcebispo local, Dom Celestino Aós, exigiu respeito paracom os católicos.

Durante a tarde de 18 de outubro, em meio às manifestações por ocasião do primeiro ano de revolta social no Chile, as duas igrejas foram saqueadas, destruídas, pichadas por dentro e totalmente queimadas.

No caso da igreja da Assunção, o incêndio provocou a queda da torre, o que foi comemorado pelos agressores. A mesma coisa aconteceu quando outro sujeito derrubou a imagem da " Virgem Maria porta do céu" na fachada da igreja de São Francisco de Borja.

Os agressores colocaram vídeos e fotos dos danos nas redes sociais, enquanto outros posaram com as imagens religiosas destruídas.

 

A paróquia da Assunção já havia sido atacada em novembro de 2019, enquanto a igreja de São Francisco de Borja sofreu ataques em janeiro deste ano. Ambos estão perto da Praça Itália, local onde os manifestantes se reúnem.

“Queremos um Chile onde reine a paz, onde possamos viver juntos, onde se  receba o respeito. Queremos respeitar e queremos ser respeitados, não queremos ser cidadãos com privilégios, nem cidadãos de segunda categoria, esse respeito está em todo o lado”, afirmou o Arcebispo.

Os ataques "afetam a alma dos chilenos, a alma dos católicos", acrescentou.

Sobre o próximo plebiscito constitucional em 25 de outubro, Dom Aós expressou sua esperança de que seja realizado com "tranquilidade e que todo o processo de construção e renovação deste Chile seja um processo de paz".

Nesse sentido, exortou todos a se comprometerem a ser “pacificadores, para que você e eu possamos ser agentes de paz e de carinho e de saudação a essas comunidades que sofrem”.

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Bispo Castrense condena a violência

Por sua vez, o Bispo Castrense do Chile, Dom Santiago Silva, rejeitou a violência “que destrói a construção de uma sociedade mais justa, respeitosa e fraterna”.

“Rejeitamos categoricamente a violência de grupos que não respeitam as pessoas ou o seu direito de se manifestarem em paz”, “com a mesma energia rejeitamos o vandalismo contra tudo o que as pessoas precisam para a sua subsistência, para viver em sociedade e para expressar sua fé e seu amor a Deus”, disse Dom Silva.

Nesse sentido, o Bispo Castrense condenou a violência “que destrói a construção de uma sociedade mais justa, respeitosa e fraterna”, especialmente na Paróquia de São Francisco de Borja, “lugar de culto onde a comunidade cristã se reunia para compartilhar sua fé e a oração, para celebrar os sacramentos e realizar ações de serviço em benefício dos outros”.

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“Muitos se dirigiram a ela buscando o Senhor como fonte de paz, guia para seu caminhar, força em meio às dificuldades. O templo já tinha sido saqueado e queimado em janeiro deste ano, após o início da crise social, e o que restou, ontem voltaram a profanar”, indicou o Bispo em relação a um atentado anterior de características semelhantes ocorrido no dia 3 de janeiro deste ano.

O Prelado e os capelães da Diocese Militar expressaram sua “proximidade humana e espiritual aos Carabineiros do Chile e suas famílias”, cujos serviços religiosos são realizados na Igreja de São Francisco de Borja, bem como aos moradores da região, “que há anos celebram sua fé e seus sacramentos na Igreja institucional”.

“Eu os convido a manter a fé, a esperança e o amor em Deus. Este grupo de ativistas violentos que queimaram o templo não destruirá a nossa fé, que é a fé da Igreja como comunidade do Senhor ressuscitado que, com a entrega de sua vida, venceu o mal e a violência”, expressou Dom Silva.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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