GUATEMALA, 4 de nov de 2020 às 11:00
O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, assegurou que não permitirá o funcionamento da Planned Parenthood no país, pouco depois que o Ministério do Interior (MINGOB) concedeu a permissão de abertura de uma filial da multinacional abortista.
“Reconheço a vida desde a sua concepção e, portanto, no meu governo não tolerarei nenhum movimento que viole o que está previsto na nossa Constituição Política da República, que vá contra os valores com os quais fui criado e que entre em conflito com os meus princípios como médico”, indicou Giammattei em um comunicado publicado em 2 de novembro.
“Sou um fiel defensor da vida e sou enfático em indicar que não endossarei no meu Governo a criação, registro ou inauguração de qualquer organização que atente contra a vida”, enfatizou o mandatário.
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Reconozco la vida desde su concepción y por lo tanto en mi gobierno no toleraré ningún movimiento que viole lo que está dispuesto en nuestra Constitución Política de la República, que vaya en contra de los valores con los que fui criado y que riña con mis principios como médico. pic.twitter.com/ULkWKASMP3
— Alejandro Giammattei (@DrGiammattei) November 2, 2020
O comunicado de Giammattei foi uma reação à publicação do Acordo Ministerial número 231-2020, no qual o MINGOB autorizou a ONG Planned Parenthood Global, Guatemala LLC, a iniciar suas operações no país. O acordo foi oficializado em 2 de novembro por meio do Diario de Centro América, órgão oficial da República da Guatemala.
Nesta terça-feira, 3 de novembro, segundo informou PublinewsGT, o presidente guatemalteco declarou que "já foram dadas instruções para que este acordo governamental seja revogado" e que lhe surpreendeu “que tenham autorizado uma ONG com estes antecedentes”.
Também confirmou que o Ministro do Interior, Oliverio García Rodas, apresentou sua renúncia, que foi aceita.
“Oliverio García Rodas, em um ato de responsabilidade, informou-me ontem à noite que havia tomado a decisão de renunciar devido ao erro que cometeu e que considerava que houve uma rejeição muito grande”, disse o mandatário.
Após a divulgação do Acordo Ministerial 231-2020, vários grupos políticos e civis expressaram sua rejeição. Até mesmo os deputados do partido Viva pediram a renúncia do Ministro do Interior.
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A Associação “A Família Importa de Guatemala” (AFI Guatemala) publicou um comunicado agradecendo ao Presidente Giammattei "por sua firme declaração em defesa do reconhecimento e proteção da vida dos guatemaltecos desde a concepção, conforme estabelece nossa Carta Magna".
Além disso, celebramos o anúncio da sua decisão de revogar imediatamente este Acordo que põe em perigo a vida dos nossos cidadãos, especialmente dos nascituros e das mulheres, em plena congruência com o compromisso que o presidente assumiu em 2019, ao assinar a Declaração Vida e Família, documento que promove a defesa da vida e da família a partir do Executivo”, acrescentou.
AFI Guatemala lembrou que Planned Parenthood "é a responsável por mais de 350 mil abortos nos Estados Unidos anualmente, disfarçando a sua finalidade abortista ao utilizar o termo ‘direitos sexuais e reprodutivos’”.
“É de conhecimento público que Planned Parenthood obtém a maior parte de seus recursos do aborto e que, na voz dos próprios diretores de suas filiais nos Estados Unidos, está envolvida na venda e tráfico de órgãos de bebês abortados”, disse a organização pró-vida.
Em seu comunicado, a AFI Guatemala disse que os funcionários públicos “contam com todo o apoio e respaldo da AFI, de nossa rede de mais de 40 Organizações, de nossos voluntários e dos guatemaltecos em geral, que estão comprometidos em trabalhar por um país no qual prevaleça o respeito à lei, à dignidade humana e aos Direitos Humanos, principalmente o direito à vida de todos sem discriminação por idade, sexo ou condição socioeconômica”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) July 2, 2020