Um documento recente publicado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) recomenda o aborto como uma das soluções para a gravidez na adolescência na Colômbia.

O relatório do UNFPA, intitulado "Estudo MILENA: Custos sociais e econômicos da gravidez na infância e na adolescência na Colômbia", inclui diversas cifras, mostrando que prevenir a gravidez na adolescência significaria uma economia de mais de 12 bilhões de pesos colombianos (cerca de três milhões de dólares) por ano para o Estado.

Além disso, a agência das Nações Unidas estima em 5,1 bilhões de pesos colombianos (cerca de 1,3 bilhão de dólares) o “custo em 2018 para a sociedade e o Estado de não prevenir a gravidez na adolescência e a maternidade precoce”.

Para lidar com o custo econômico e social da gravidez na adolescência, o UNFPA recomenda, entre outras coisas, o aborto.

Entre suas “Recomendações para reduzir a gravidez na adolescência na Colômbia”, o UNFPA incentiva “a fomentar as capacidades de organizações de adolescentes e jovens em direitos sexuais e reprodutivos, o acesso a serviços de saúde para sua garantia e riscos que os abortos inseguros causam à vida e à saúde”.

“Isso inclui a divulgação entre adolescentes e jovens da sentença C-355 de 2016 sobre o acesso à interrupção voluntária da gravidez (IVE), bem como a forma de acesso aos serviços de IVE e métodos anticoncepcionais pós-aborto”, acrescenta.

A Sentença C-355 de 2006 à que se refere o UNFPA é a sentença com a qual o Tribunal Constitucional descriminalizou o aborto em toda a Colômbia para os casos de risco de vida da mãe, estupro e malformações fetais.

Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Pamela Delgado, diretora nacional da campanha 40 Dias pela Vida na Colômbia, lamentou “que uma organização 'séria' esteja promovendo métodos contraceptivos e abortos entre mulheres jovens, ignorando as consequências que isso tem sobre seus corpos e sobre suas almas”.

Também criticou como abertamente “e sem qualquer vergonha consideram as meninas como mais um número que representa a produtividade para o país e descrevem descaradamente como a gravidez as faz menos produtivas para a sociedade”.

Para Delgado, “no final das contas, esse negócio hostil do aborto, com esses tipos de artigos, demonstra seus verdadeiros interesses em lucrar com mulheres que estão passando por uma gravidez em crise, que precisam levá-la ao aborto para manter seu nível de produtividade”.

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A líder colombiana pró-vida destacou que o UNFPA, ao invés de “cuidar e proteger” a vida e os projetos das mulheres, “as está empurrando para o abismo infinito do aborto, que para a mulher é um procedimento que a marca para sempre”.

“Desde 40 Dias pela Vida, promovemos o direito fundamental à vida e que as jovens sejam informadas e tenham direito às oportunidades que merecem para desenvolver seu projeto de vida tranquilas”, disse.

“O aborto é uma crise que engana a mulher e parte seu coração. Através do nosso trabalho ne rua, de coração a coração, pudemos ver que as grávidas e as mulheres em crise não precisam do aborto, mas sim de apoio”, acrescentou.

Delgado sublinhou percebemos isso através das “mais de 200 mulheres que disseram sim à vida graças ao apoio das voluntárias do 40 Dias pela Vida".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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