REDAÇÃO CENTRAL, 23 de dez de 2020 às 06:00
Dom Héctor Aguer, Arcebispo Emérito de La Plata, na Argentina, alertou que a celebração do Natal "não pode ser engolida pelas 'festas' em geral", pois os cristãos "festejamos o maior acontecimento de toda a história humana”.
Em seu programa "Chaves para um mundo melhor", transmitido em 22 de dezembro de 2018, pelo CANAL 9, Dom Aguer lamentou que "muitas pessoas digam 'boas festas' e com certeza comemorem o Natal, brindam no dia 24 à noite, e talvez até façam uma ‘festichola’”, como são conhecidas as celebrações nas casas argentinas.
“Mas sabem por que o fazem? Sabem o que festejamos? Essa é a questão”, assinalou.
"Nós festejamos o maior acontecimento de toda a história humana: o Nascimento de Jesus, Filho de Deus feito Homem, que veio para a nossa salvação”, destacou.
O Prelado argentino destacou que, “na realidade, se pensarmos bem, seria mais impressionante comemorar a Encarnação, em 25 de março, que é o momento no qual pelo anúncio do anjo, o Espírito Santo desce sobre a Virgem Maria, e de um óvulo de Maria se forma o corpo de Cristo que começa a se desenvolver em seu ventre”.
"A segunda pessoa da Trindade se faz 'carne', se faz homem, no seio de Maria e cumpre seu ciclo de nove meses lá. Ou seja, é um embrião, é um feto e depois um nascituro e é uma criança que nasce virginalmente em um parto misteriosamente virginal, realizado, como diz Santo Inácio de Antioquia, no silêncio de Deus, no silêncio desta noite santa Jesus está nos braços de Maria e de José e é posto em um presépio”.
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Dom Aguer enfatizou que no Natal comemoramos "a adoração desta criança que é nosso Salvador".
"Nesta Noite Santa, de 24 a 25, o que corresponde é cair de joelhos na frente do Presépio para adorar o Menino Jesus", indicou e enfatizou que "o Presépio é o sinal católico por excelência do Natal".
“E esse barbudo que vem aqui, suando, vestido de vermelho, com renas e tudo isso, que vem de outra geografia? Papai Noel! Não, isso não tem nada a ver com o nosso Natal sul-americano, caloroso e católico”.
Em seguida, o Arcebispo Emérito de La Plata explicou que “o Natal não é apenas 24 e 25, porque 1º de janeiro é a Festa de Santa Maria Mãe de Deus, quando nos dedicamos a contemplar a maternidade divina e virginal de Maria, que também é uma maternidade espiritual em relação a todos nós, pois Cristo quis que ela fosse nossa Mãe na ordem da graça”.
“Depois, em 6 de janeiro, celebramos a Epifania do Senhor, a manifestação aos Magos, pois assim como Jesus se manifestou aos pastores judeus que estavam na região, no momento de seu nascimento, assim também a inspiração de Deus fez com que alguns Magos do Oriente, pagãos, que não pertenciam ao povo judeu, compreendessem que o Rei havia nascido e foram reconhecê-lo e adorar o Rei, foram os primeiros pagãos que reconheceram Cristo como Rei e Redentor”.
Por isso, destacou, "as festas são, então, o Natal, a Solenidade da Mãe de Deus e a Epifania do Senhor em 6 de janeiro".