MANÁGUA, 18 de nov de 2020 às 10:00
Pelo menos uma igreja e um seminário foram gravemente afetados pelo furacão Iota em sua passagem pela Nicarágua, onde tocou a terra às 21h41 de 16 de novembro; depois de passar pela costa atlântica da Colômbia, onde também deixou milhares de vítimas.
Iota chegou à Nicarágua como um furacão de categoria 5 na escala Saffi-Simpson. Atualmente, o fenômeno natural foi degradado para a categoria 1 e está a cerca de 190 km a leste da cidade de El Paraíso (Honduras).
A Nicarágua foi afetada pelo Iota sem ter se recuperado do furacão Eta, que atingiu o país centro-americano em 3 de novembro, deixando casas e ruas destruídas e milhares de vítimas e dois falecidos.
Agora, com Iota, a igreja de São Pedro Apóstolo, em Puerto Cabezas, e o Seminário Menor da Diocese de Siuna, em Bilwi (Nicarágua), foram danificados. O seminário, cujo telhado foi derrubado pelo furacão Eta, agora está quase completamente destruído.
Em um vídeo da Diocese de Siuna, uma religiosa refugiada junto com outras irmãs e jovens no Seminário Menor de Bilwi, pediu aos fiéis orações para que “Deus proteja seu povo” durante o desenvolvimento do furacão e também fez um chamado à solidariedade.
A religiosa contou que o pouco que restou do Colégio Niño Jesús, localizado próximo ao seminário, após a passagem do furacão Eta, foi quase “totalmente” destruído pelo furacão Iota. “Rezem por nós e depois colaborem conosco em solidariedade [...]. Especialmente, pedimos agora que o Senhor Jesus nos ajude e nos proteja”, disse.
A Igreja Católica de São Pedro Apóstolo, em Puerto Cabezas, e bairros vizinhos também sofreu graves danos. O Pe. Javier Plá, vigário da paróquia, pediu em um vídeo publicado na diocese de Siuna, que continuem rezando a Deus para protegê-los e chamou os fiéis a se ajudarem mutuamente.
“Continuamos rezando. Protege-nos Senhor, ajuda-nos nestes momentos, vivemos num lugar muito vulnerável, muito fraco, as nossas casas não aguentam [...] dá-nos essa capacidade de ver como podemos prevenir nas nossas casas e se vemos que é tão frágil, busquemos um albergue, outra casa de alguns irmãos que abram as suas portas para nos ajudar nestes momentos”, disse.
#NicaraguaIota #EnElVideo Iglesia católica San Pedro, Puerto Cabezas y barrios aledaños reciben vientos del huracán #Iota. pic.twitter.com/MeHANnCFma
— Radio 580 Nicaragua (@radio580nic) November 16, 2020
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Furacão Iota
O centro do olho do furacão localizou-se a cerca de 39 km de Haulover e cerca de 55 km a leste de Bilwi ou Puerto Cabezas, cidades na Região Autônoma do Caribe Norte da Nicarágua, que foram atingidas pelo furacão Eta, em 3 de novembro. Segundo as autoridades nicaraguenses, o fenômeno deve se dissipar na quarta-feira.
O fenômeno atingiu ventos sustentados de até 260 quilômetros por hora e causou chuvas torrenciais que inundaram ruas inteiras e geraram ventos catastróficos que soltaram telhados de casas, árvores e postes de luz, o que resultou no colapso das linhas de transmissão. Até o momento, são 155 mil vítimas em Cartagena (Colômbia) e muitas outras em Bilwi (Nicarágua).
Dias antes do impacto, as 50 mil pessoas que vivem no chamado Triângulo da Mineração foram evacuadas. Cerca de 350 famílias foram evacuadas em Holouver, onde a maioria dos habitantes são indígenas de origem Miskito, uma comunidade dedicada à pesca artesanal e ao turismo. O governo da Nicarágua evacuou mais de 40 mil famílias em 250 abrigos de emergência.
Vários países estão alertas para a periculosidade do fenômeno, como Nicarágua, Honduras, Guatemala, El Salvador, Panamá e Colômbia.
Muitas pessoas que tentavam se recuperar do furacão Eta foram forçadas a evacuar novamente o que restou de suas casas e ficar em abrigos. O furacão Eta deixou centenas de milhares de desabrigados e mais de 260 mortos e dezenas de desaparecidos na América Central.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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