Em um comunicado emitido pelo Conselho Nacional de Pastoral Familiar e a Coordenação Nacional de Pastoral Familiar da Conferência Episcopal Paraguaia (CEP), os bispos desse país afirmam que a assim chamada “’perspectiva de gênero’ pretende esvaziar de conteúdo natural e objetivo a sexualidade humana para convertê-la em uma opção subjetiva e arbitrária”.

A missiva; assinada pelo Dom Sebelio Curva Álvarez, Bispo de Villarrica e Vice-presidente da CEP; e Dom Claudio Jiménez, Bispo de Caacupé e Presidente da CEP; recorda que os prelados apresentaram uma lei alternativa que não se tomou em conta, como resposta ao “projeto de lei que cria o Programa Nacional de Assistência às Vítimas dos fatos puníveis contra a autonomia sexual e contra menores”, lei com a que se ataca à família e se pretende despenalizar o aborto.

“Sabemos que seguirão outros projetos de leis –prosseguem os prelados– que abrem as portas para a admissão de uniões entre homossexuais, a adoção de crianças por parte dos casais assim conformados, a despenalização e a admissão indiscriminada do aborto, etc. e que distorcem o valor da família natural formada pelo marido, a esposa e os filhos. Estas posições servem muitas vezes para fundamentar certos comportamentos, tais como a homossexualidade, o lesbianismo, etc.”.

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“Esclarecemos que nossa posição não vai contra a pessoa afetada, mas sim decididamente contra o mal em si mesmo que atormenta a um setor cada vez major da sociedade. Além disso, reafirmamos nosso compromisso de emprestar atenção solícita e pessoal a quem é vítimas de abusos físicos e sexuais. Consideramos que os autores devem receber a sanção que se merecem, segundo as leis nacionais e pactos internacionais”, afirmam.

No processo de outras leis que chegarão em breve,  lei de saúde sexual reprodutiva, materno perinatal, e lei para prevenir e eliminar a discriminação; no meio da “paixão dos debates, que constituem a essência legítima da democracia, os bispos paraguaios também solicitam que se "evite cair em extremos de desqualificar a dignidade dos ocasionais adversários”.

“Pelo contrário, busque-se em todo momento uma reflexão conjunta racional, sabendo que finalmente o que se persegue é o bem comum de todos os cidadãos”, finalizam.