A controvertida associação Suíça "Dignitas", que ajuda pacientes terminais a se suicidarem, conta agora com uma associação-irmã na Alemanha, segundo denuncias da agência Kath.net.

Em 26 de setembro foi fundado em Hannover a associação "Dignitas Alemanha", cujos membros garantem ter colaborado no suicídio de 453 pessoas na Suíça, entre os quais 253 alemães.

O secretário geral da controvertida instituição, Ludwig Minelli, declarou ao jornal Tages-Anzeiger de Zürich, que sua intenção é "divulgar a idéia na Europa, para que assim as pessoas não tenham que ir até a Suíça", em busca do suicídio assistido legal.

Com a presença desta nova instituição na Alemanha, estariam buscando forçar a legalização do suicídio assistido, até hoje proibido pela legislação germana.

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A associação "Dignitas" oferece a seus membros, "em caso de ter sido desenganados ou medicamente diagnosticados com alguma doença incurável, com dores insuportáveis ou conseqüências inaceitáveis", um meio anestésico de conseqüências mortais. Representantes políticos e médicos manifestaram seu desacordo com a presença do "Dignitas" na Alemanha, ao tempo que advertiram o perigo que existe em aceitar algo que pode suceder na eliminação sistemática de idosos e doentes.

"Seria muito mais necessário –assinalou a ministra social Ursula von Leyen– melhorar os tratamentos paliativos, que nos permitam como sociedade, acompanhar às pessoas a morrer com menos dor", para em seguida denunciar que uma organização assim, não mostra mais que desinteresse pela pessoa humana e muito cinismo.

O Presidente da Câmara Médica Federal Jörg-Dietrich Hoppe, assinalou que para a sociedade médica estará sempre vigente a máxima "o paciente tem o direito a uma morte digna, mas não tem direito de ser assassinado". Recordou que ninguém deveria emendar o parágrafo 216 da lei penal, que proibe o assassinato por encomenda, posto que "aplacar a dor e acalmar o temor, fazendo possível uma morte digna e natural, é o dever médico", assinalou Hoppe.