Abuja, 30 de nov de 2020 às 15:24
As Nações Unidas confirmaram a morte de pelo menos 110 civis no último sábado, 28 de novembro, em um ataque perpetrado pelo grupo terrorista jihadista Boko Haram em uma cidade no nordeste da Nigéria.
Segundo diversas fontes, o atentado ocorreu na região de Zabarmari, no estado de Borno, próximo à cidade de Maidiguri.
Vários homens em motocicletas entraram na cidade e começara um "ataque brutal contra homens e mulheres" que trabalhavam nos campos de arroz.
Até o momento, o número exato de mortes é desconhecido, pois ainda existem muitos desaparecidos.
O coordenador humanitário das Nações Unidas na Nigéria, Edward Kallon, relatou que um número indeterminado de pessoas ficaram feridas e que várias mulheres da aldeia poderiam ter sido sequestradas.
De acordo com vários relatos da mídia, Kallon pediu "sua libertação imediata e seu retorno a um lugar seguro".
Além disso, afirmou que este atentado foi o mais violento deste ano perpetrado contra civis inocentes. Também expressou a suas condolências “às comunidades da região, chocadas com a brutalidade de ontem (sábado), enquanto temem pela sua segurança”.
O coordenador humanitário da ONU também afirmou ter se sentido "indignado e horrorizado com este ataque monstruoso", uma vez que as vítimas "foram crivadas de tiros, embora fontes locais também tenham garantido que foram degoladas ou decapitadas".
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O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, expressou sua condenação aos ataques e assegurou que "toda a nação foi ferida por esses assassinatos sem sentido".
O governador do estado de Borno (Nigéria), onde ocorreu o atentado, garantiu ao jornal nigeriano Premium Times que os cidadãos dessa região correm um risco gravíssimo, pois “se ficarem em casa morrerão de fome e se saírem para cultivar os insurgentes os matam”.
Há quem diga que o atentado se deveu à detenção, na sexta-feira passada, de um suposto membro do Boko Haram em uma região próxima. Outros asseguram que ocorreram durante as eleições que estavam sendo realizadas e que houve atraso no estado de Borno devido ao aumento dos ataques na área.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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— ACI Digital (@acidigital) September 25, 2020