MADRI, 30 de set de 2005 às 11:19
Associações cidadãs e familiares mostraram seu apoio a juizes e funcionários públicos que, por expressar seu rechaço jurídico à lei para casais do mesmo sexo, são vítimas de pressões e ameaças exercidas por autoridades municipais e grupos radicais.
Ante as reiteradas ameaças contra o juiz de paz da localidade madrilese de Pinto,
Antonio Alonso, a plataforma cidadã Hazteoir.org (HO), acusou aos membros da prefeitura e de associações radicais de ter “pavor à liberdade garantida pelo Estado de Direito” e de atacar a divisão de poderes que garante a justiça.
O juiz, informa HO em um comunicado, “denunciou o perseguição que está recebendo por parte da prefeitura, na qual alguns pediram sua demissão. Também recebeu ameaças de concentrações de homossexuais ante o tribunal”.
Para a plataforma, “as maneiras empregadas pelo prefeito da localidade para impedir o exercício de seu trabalho ao juiz retroagem a épocas felizmente superadas nas que o poder político impedia o exercício da justiça”.
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De outro lado, o Foro Espanhol da Família (FEF) também denunciou “a violência exercida contra o que se opõe à nova lei de ‘matrimônio’”.
Em uma nota de imprensa, o Foro assinala que entre as ameaças que receberam alguns funcionários judiciais “se encontram a coação a demitir de suas funções e manifestações de homossexuais ante os tribunais”.
Diante desses fatos, tanto a Plataforma como o Foro mostraram seu respaldo às vítimas.