O Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, classificou a possível viagem do Papa Francisco ao Iraque como "uma decisão corajosa" e um "belo gesto de solidariedade".

Assim indicou o Arcebispo na terça-feira, 15 de dezembro, durante um encontro on-line com jornalistas organizado pela Associação ISCOM.

“A decisão é corajosa, tanto pela situação política no Iraque quanto pela situação de pandemia, e é um grande desafio porque a pandemia está se desenvolvendo muito e duvido que em março todos estejam vacinados no Iraque”, disse Dom Pizzaballa. .

Além disso, o Patriarca Latino de Jerusalém afirmou que a viagem papal ao Iraque “é um belo gesto de solidariedade com o mundo cristão, sobretudo porque é um mundo que sofreu muito”, e acrescentou que, em sua opinião, o Iraque sofreu “mais do que todos, talvez mais do que a Síria, pois há 30 anos está sob pressão contínua”.

Casos de Covid-19

Do mesmo modo, Dom Pizzaballa confirmou que atualmente existem 6 casos positivos de Covid-19 no Patriarcado, incluindo ele mesmo, portanto, todos estão em quarentena, mas assinalou que "ninguém está grave" e disse que está “bem", para destacar que está se recuperando.

Assim, o Arcebispo dos 300mil católicos da Terra Santa – pois o Patriarcado Latino inclui os territórios da Jordânia, Israel, Palestina e Chipre – destacou que este ano na região o Natal será vivido “de forma reduzida e íntima, em clima familiar", porque "não será possível ter as celebrações em um nível normal, nem as condições econômicas das famílias permitem festejar de modo grandioso".

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A este respeito, Dom Pizzaballa confirmou que a Missa de Natal será celebrada em Belém, mas ressaltou que será com dimensão “mais reduzida” e acrescentou que "ainda estão em diálogo com as autoridades sobre o número de participantes para conseguir representantes de todas as áreas da comunidade cristã presente no território”.

Neste sentido, o Arcebispo reconheceu que para os cristãos na Terra Santa é "um período particularmente difícil", porque não é possível "ter uma vida espiritual ordinária", por exemplo, podem participar das celebrações no máximo dez pessoas, e tudo isso provoca “uma ferida profunda para a vida eclesial”.

Por fim, Dom Pizzaballa lembrou a questão econômica, porque “a grande maioria dos cristãos em Belém trabalha no campo das peregrinações”, isso significa que “desde março não têm trabalho”, por isso fizeram todo o possível para apoiá-los.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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