O Papa Francisco anunciou que receberá a vacina contra a COVID-19 "na próxima semana", em entrevista parcialmente transmitida neste sábado no Canale 5, na Itália.

No diálogo que foi transmitido na íntegra no domingo, 10 de janeiro, o Santo Padre disse que “na próxima semana começaremos [vacinar-se], já tenho a minha data”. “Temos que fazê-lo”, insistiu o pontífice, para quem “há um negacionismo suicida que eu não saberia explicar”.

“Acredito que eticamente todos devem tomar a vacina. Porque está em risco a sua saúde, a sua vida, mas também a vida dos outros”, disse o Papa na entrevista, segundo a agência AFP.

“Quando eu era criança, lembro-me da epidemia de poliomielite, por causa da qual muitas crianças ficaram paralisadas e todos esperavam ansiosamente pela vacina” e quando chegou “davam-na com açúcar”, recordou o Papa Francisco.

“Depois, crescemos na sombra das vacinas, contra o sarampo, contra isso, contra aquilo ... vacinas que davam às crianças”, acrescentou.

"Não sei por que alguns dizem 'não, a vacina é perigosa', se os médicos a apresentam como algo que pode ser bom e que não tem perigos especiais, por que não tomar?", indicou posteriormente.

No dia 11 de dezembro, o novo diretor da Diretoria de Saúde e Higiene do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Andrea Arcangeli, anunciou que a campanha de vacinação contra a COVID-19 teria início nos primeiros meses de 2021.

“O plano de vacinação, lançado pelo departamento Sanitário e pela Diretoria de Saúde e Higiene do Governatorato, vai afetar cidadãos, empregados, mas também familiares que se beneficiem de ajuda do Fundo de Assistência à Saúde”, disse Arcangeli ao Vatican News.

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“Peço a todos: aos responsáveis pelos Estados, empresas, aos organismos internacionais, para promoverem a cooperação e não a concorrência, e de buscar uma solução para todos: vacinas para todos, especialmente para os mais vulneráveis ​​e necessitados de todas as regiões do planeta. Em primeiro lugar, os mais vulneráveis ​​e necessitados!”, disse o Papa Francisco em 25 de dezembro passado em sua mensagem de Natal.

Na Itália, o coronavírus e sua nova cepa podem levar o governo a restabelecer o confinamento para lidar com a pandemia que já deixou mais de 78 mil mortos, com 483 mortes no último dia.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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