WASHINGTON DC, 15 de jan de 2021 às 10:42
Na quarta-feira, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU e defensora do aborto, Samantha Power, como administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
O anúncio de sua indicação foi feito em 13 de janeiro pela equipe de transição Joe Biden-Kamala Harris.
Entre 2013 e 2017, durante o governo Barack Obama, Power trabalhou como embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, onde defendeu supostos “direitos” LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) no exterior.
Anteriormente, atuou no Conselho de Segurança Nacional, onde assessorou Obama e Biden sobre os "direitos das mulheres", que para o Partido Democrata incluem o aborto.
Em 13 de janeiro de 2021, a multinacional abortista Planned Parenthood Global e Biden a elogiaram como defensora dos “direitos humanos”.
"Samantha Power é uma voz mundialmente conhecida de consciência e clareza moral, que desafia e anima a comunidade internacional a defender a dignidade e a humanidade de todas as pessoas", disse Biden em um comunicado. Ela "lutará pelo valor de cada ser humano", acrescentou sua equipe de transição.
Por sua vez, a Planned Parenthood Global elogiou Power em um tweet: “Como uma voz firme pelos direitos humanos, Samantha Power tem a experiência e a oportunidade de promover a saúde sexual e reprodutiva [Ndr: eufemismo que inclui aborto e contracepção] e os direitos das pessoas em todo o mundo como administradora da USAID”.
Em um artigo recente, a organização norte-americana pró-vida Live Action disse que Power, em seu novo cargo, “ajudará Biden a restaurar os fundos do contribuinte para Planned Parenthood e outros grupos globais de defesa do aborto, fundos cortados pelo presidente Donald Trump através de sua política de Proteção à Vida”.
“Sob a administração Trump, os fundos através da USAID priorizaram os verdadeiros cuidados de saúde para mulheres e meninas e os direitos humanos para todos os seres humanos, incluindo os nascituros. Fez isso por meio da política ampliada de Trump na Cidade do México, que proíbe fundos de ajuda internacional para grupos que promovem e/ou realizam abortos", lembrou.
Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Jesús Magaña, presidente da plataforma Unidos por la Vida (Colômbia), disse que "é muito triste ver que o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem uma agenda de morte".
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Magaña lamentou "a eleição de Samantha Power como nova diretora da USAID", pois sua "trajetória como promotora do aborto e da agenda LGBTI confirma que a agência será usada de forma ideológica para impor programas que se distanciam do desenvolvimento dos povos, impondo agendas de morte e destruição da família e da cultura desses povos aos quais pretende ‘ajudar’”.
“Estamos alertas e prontos para denunciar estas violações ao mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida”, acrescentou o líder pró-vida.
Luis Losada Pescador, diretor de campanhas da plataforma CitizenGO, disse à ACI Prensa que, “como já advertimos, a chegada de Biden à presidência dos Estados Unidos significaria um grave retrocesso para a causa pró-vida e pró-família, já que permitiria o uso de fundos federais para financiar o aborto fora dos Estados Unidos e voltaria à 'diplomacia LGTB' em uma ingerência ideológica incompatível com o respeito à soberania de outros países”.
“É necessário preparar-se para que grande parte da ajuda dos Estados Unidos ao desenvolvimento na América Latina se destine a promover o aborto sob o eufemismo de ‘direitos sexuais e reprodutivos’. E também haverá recursos federais para promover a agenda LGTB: casamento entre pessoas do mesmo sexo, adoção gay, mudança de sexo registrada e doutrinação nas escolas”, continuou.
Por fim, Losada acredita que a sociedade civil “deve se preparar para resistir a essa ingerência disfarçada de cooperação para o desenvolvimento, denunciando-a nos organismos internacionais e pressionando os governos nacionais a exigirem o verdadeiro desenvolvimento: educação, saúde e infraestrutura”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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