VATICANO, 5 de out de 2005 às 11:40
O Papa Bento XVI insistiu hoje, durante a Audiência das quartas-feiras, na realidade do Senhor como pessoa viva que guia aos cristãos, uma pessoa cuja presença é eficaz e salvífica.
Em sua catequese sobre o Salmo 134 o Santo Padre fez notar como “o salmista confronta em modo incisivo duas visões religiosas diversas. Por um lado, se destaca a figura do Deus vivente e pessoal que está no centro da fé autêntica. Sua presença é eficaz e salvífica; o Senhor não é uma realidade imóvel e ausente, mas uma pessoa viva que guia os seus fiéis, movido pela piedade, sustentando-os com seu poder e seu amor. Por outro lado, vemos surgir a idolatria, expressão de uma religiosidade desviada e que engana. De fato, o ídolo não é mais que uma ‘obra das mãos do homem’, um produto dos desejos humanos; é portanto impotente para superar os limites das criaturas. Este ídolo tem forma humana com boca, olhos, orelhas, pescoço, mas é inerte, sem vida, como acontece com uma estátua inanimada”.
Sobre quem segue a idolatria adicionou que “o destino dos que adoram estas realidades mortas é o ser iguais a elas, impotentes, frágeis, inertes. Nestes versos é representada a eterna tentação do homem de procurar a salvação na ‘obra de suas mãos’, pondo sua esperança na riqueza, o poder, o sucesso no aspecto material”.
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Citando a Santo Agostinho, o Santo Padre fez referência à semelhança que assumem com os ídolos os que confiam neles, que “certamente não é no corpo, senão no homem interior”.
Concluida a Catequese o Papa Bento XVI leu o resumo da mesma em diversas línguas, entoou o Pater Noster e deu a bênção apostólica.