WASHINGTON DC, 28 de jan de 2021 às 10:54
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverteu por meio de uma ordem executiva a proibição que impedia transexuais ou transgêneros de servir nas forças armadas do país.
A Casa Branca informou sobre esta medida junto com várias outras que revertem ordens executivas da administração Trump sobre quem pode estar no Exército.
As ordens anteriores impediam que uma pessoa já em serviço fizesse mudança de sexo ou “transição” e proibiam a aceitação de novos recrutas com diagnóstico de disforia de gênero.
"O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deve ser uma proibição para o serviço militar e que a força dos Estados Unidos radica em sua diversidade", disse um comunicado da Casa Branca de 25 de janeiro.
A nova ordem impede a separação ou remoção daqueles que já servem no Exército enquanto fazem sua mudança de sexo e que estes possam "servir em seu gênero quando a transição for concluída".
A ordem de Trump foi assinada em 2017. Em janeiro de 2019, a Suprema Corte a manteve, mas em fevereiro daquele ano o Departamento de Defesa anunciou uma nova política para permitir que as pessoas que se identificam como "transgêneros" sirvam no Exército, de acordo com algumas exceções.
Sob esta norma revisada, os soldados “transgêneros” não podiam realizar sua mudança de sexo enquanto serviam e não podiam ser diagnosticados com disforia de gênero. Tinham que servir de acordo com seu sexo biológico.
Em 2016, a corporação RAND estimou que havia cerca de 2.450 pessoas "transgêneros" de um total de 1,3 milhão de membros no Exército.
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Quando a proibição de Trump foi anunciada em 2017, a Arquidiocese Militar dos Estados Unidos indicou que a decisão era correta, mas que não respondia totalmente à "dignidade da pessoa humana", enfatizando algumas consequências da ordem executiva, como a preparação militar acima das consequências espirituais.
Em seguida, Dom Timothy Broglio recordou então que a Igreja ensina que o ser humano é criado "à imagem e semelhança de Deus", destacando que "as decisões pessoais na vida, seja sobre a proteção do nascituro, a santidade do matrimônio e da família, ou a aceitação da biologia de uma pessoa criada por Deus, devem ser tomadas não apenas para uma penúltima realidade nesta terra, mas em antecipação à última realidade que tem como fim compartilhar a própria vida de Deus no Céu”.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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