Um dos principais grupos pró-vida do Reino Unido, Right to Life UK, informou que a segunda maior clínica de abortos tardios do país, conhecida como “The Lodge”, fechou suas portas e não atenderá mais ao público.

Segundo o grupo, este centro localizado em Streatham, no sul de Londres, "já realizou mais de 1.200 abortos de bebês com 20 semanas de gestação ou mais nos últimos três anos".

Os números oficiais detalham ainda que The Lodge "realizou 13.114 abortos entre 2017 e 2019, incluindo 2.235 abortos de bebês entre 13 e 19 semanas de gestação, bem como 1.297 abortos com 20 semanas de gestação ou mais".

Na investigação da Right to Life UK, constatou-se, por meio de imagens aéreas, que as instalações estavam sendo vendidas por uma imobiliária. O edifício é uma "mansão vitoriana" na qual dezenas de milhares de abortos foram realizados.

Catherine Robinson, porta-voz da Right To Life UK, assegurou que "o fechamento de uma clínica de abortos" só pode "ser uma coisa boa".

“Como vimos de maneira tão consistente com a indústria do aborto, expandir o acesso ao aborto parece ser sua única preocupação. Isso fica claro com o fornecimento e promoção de abortos voluntários, apesar de seu perigo comprovado para as mulheres, assim como pelos péssimos padrões mantidos na clínica de Streatham”, afirmou.

Right To Life UK indicou que o fechamento se deve a uma série de controvérsias e escândalos que ocorreram neste centro de abortos de Streatham.

"Em 2019, uma inspeção surpresa realizada pela Quality of Care Commission (CQC) encontrou profissionais incompetentes que não haviam concluído o treinamento de suporte de vida e que 'nem todos os equipamentos estavam em boas condições de funcionamento'", indicou Right to Life UK.

Em seu relatório, a CQC assinalou que dois incidentes graves e 76 incidentes clínicos foram relatados no The Lodge entre abril de 2018 e abril de 2019. Também foi revelado que "os profissionais nem sempre informavam sobre os incidentes”.

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Também foi detalhado que apenas 9 dos 24 funcionários da clínica receberam treinamento para detectar e tratar sepse, a principal causa de morte materna no Reino Unido.

Em sua declaração, Robinson também agradeceu a todas as pessoas “que durante os últimos 25 anos ofereceram alternativas positivas ao aborto para aqueles que entram neste estabelecimento”.

“Obrigado por seu corajoso trabalho e esperamos que o fim deste lugar dê um pouco de tempo livre para ajudar mais mulheres e crianças em gestação em muitos outros centros de aborto que infelizmente ainda continuam funcionando em outras partes de Londres”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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