SÃO PAULO, 26 de fev de 2021 às 11:00
Mariana Tambasco, de 10 anos, está internada em um hospital de São Paulo (SP) em tratamento contra uma leucemia e aguardando para realizar um transplante de medula óssea; enquanto isso, pôde realizar um sonho no último sábado, 20, quando recebeu a Primeira Comunhão no centro médico.
A menina mora em Campinas (SP) com sua família e está internada desde o dia 27 de janeiro no IBCC Oncologia para o tratamento de uma Leucemia Linfoide Aguda. Ela, que já havia realizado todas as etapas e preparação para a Primeira Comunhão em sua cidade, teve, então, a graça de receber Jesus Eucarístico pela primeira vez, o que lhe dá força para seguir com o tratamento.
Mariana começou o seu tratamento contra a leucemia em 2017, quando tinha apenas 7 anos. Como recordou à ACI Digital a mãe da menina, Adriana Tambasco, a criança “teve febre, perda de apetite e perda de peso”, mas nenhum outro sintoma, “não tinha dor óssea, não tinha manchas pelo corpo”.
Após o diagnóstico da doença, começou o tratamento em 2017 e terminou em junho de 2020. Entretanto, “em agosto, ela começou a apresentar dor óssea e a doença tinha voltado e veio mais forte”.
Por isso, a menina teve que fazer “três blocos de quimioterapia forte e não conseguiu negativar a medula, a doença persistiu”. Em janeiro, realizou também “um mês de imunoterapia e também não teve resultado”.
Foi então que Mariana foi transferida em 27 de janeiro para o IBCC Oncologia, em São Paulo, onde “começaram um novo protocolo com ela e, graças a Deus, ela já apresentou melhora”, disse a mãe.
Adriana recordou ainda que, desde o ano passado, Mariana estava se preparando, fazendo a catequese para receber a Primeira Comunhão, em Campinas. Primeiramente “presencial e depois que começou a pandemia ela fez on-line”.
Quando a doença voltou, a família conversou com as catequistas e o padre da comunidade onde participam “e as catequistas fizeram uma preparação com ela para a Primeira Eucaristia, com o exame de consciência, para poder se confessar e receber a Eucaristia”.
Entretanto, contou a mãe, “a imunidade dela estava sempre baixa por causa do tratamento e frequentar a Missa em tempo de pandemia era muito improvável. Então, estávamos tendo essa dificuldade para ela receber a Primeira Eucaristia”.
Por isso, voltaram a conversar com o sacerdote e Mariana “chegou a receber a unção dos enfermos antes de ir para o tratamento de imunoterapia e a ideia era que daria tudo certo e ela poderia logo receber a Primeira Eucaristia na comunidade”.
Porém, a menina precisou ser transferida para São Paulo, onde faz as quimioterapias internada. Além disso, como assinalou Adriana, terminando a quimioterapia, “com a graça de Deus, ela vai realizar o transplante, e tem mais um tempo de internação”
“Então, víamos que estava muito difícil a realização desse sonho dela de receber a Primeira Eucaristia”, comentou.
Foi então que tiveram a oportunidade de conversar com o capelão do hospital, Padre Paulo Aniceto, bem como com a equipe médica e multidisciplicar. O sacerdote foi “bem receptivo para celebrar a Primeira Eucaristia da Mariana” e pediu a família falasse com seu “pároco para ver se havia alguma objeção”.
Com tudo resolvido, decidiu-se pela realização deste sonho de Mariana no hospital mesmo. “O pessoal do hospital foi muito acolhedor e tudo aconteceu de uma forma muito tranquila. O padre se dispôs a vir em um dia que não costuma estar aqui, que foi um sábado, pois seria o dia que eu e meu marido poderíamos estar aqui”, relembrou Adriana.
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Foto: ACS IBCC Oncologia
“Foi lindo, foi um momento muito importante na vida dela, na nossa vida, porque nós cremos no poder da oração, nós cremos nesse Jesus vivo presente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia”, expressou a mãe, acrescentando que a menina e sua família acreditam “que receber Jesus vai fortalecer ainda mais a Mariana, a confiança, a fé, a perseverança dela em lutar”.
A celebração, que seguiu os protocolos de segurança contra Covid-19, foi presidida pelo capelão, Pe. Paulo Aniceto. Além dos pais de Mariana, estiveram presentes também seu irmão Eduardo, o religioso camiliano Genildo Guarino e membros da equipe médica da Unidade de Hematologia.
Foto: ACS IBCC Oncologia
Para a pediatra oncologista, Dra. Luciana Domingues, a fé é um fator importante nesse processo. “A espiritualidade fortalece qualquer momento difícil. E sabemos que o acreditar e confiar ajuda”, declarou a médica.
Por sua vez, a mãe de Mariana assinalou que, como uma família católica, todo têm “muita fé em Deus, em Jesus Misericordioso, na Virgem Maria que intercede por nós e isso nos fortalece muito”.
“É o que nos dá a motivação e a força para continuar seguindo, continuar em busca da cura da Mariana. Só Deus mesmo na nossa vida, a força dela vem de Deus, a nossa força vem de Deus e muitas pessoas estão rezando pela Mariana e por nós. Então, não sei o que seria da nossa vida, da vida da Mariana se não estivéssemos tão amparados por Deus e pelo apoio das pessoas que estão ao nosso redor”, concluiu, expressando toda sua “gratidão”.
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— ACI Digital (@acidigital) July 29, 2017