VATICANO, 7 de out de 2005 às 14:26
Em uma enérgica intervenção durante o Sínodo sobre a Eucaristia, o Cardeal Alfonso López Trujillo, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, assinalou que os católicos que defendem políticas contrárias à vida, especialmente se forem figuras públicas, não têm direito a receber a Comunhão.Em sua intervenção, apresentada na quinta-feira à tarde, o Cardeal colombiano perguntou: "pode-se permitir o acesso à Comunhão Eucarística aos que negam os princípios e os valores humanos e cristãos? A responsabilidade dos políticos e os legisladores é grande. Não se pode separar uma chamada opção pessoal do dever sócio-político".
O Cardeal destacou que o tema da prática política nos católicos "não é um problema ‘privado’; é necessária a aceitação do Evangelho, do Magistério e da reta razão".
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"Na Eucaristia –continuou– está realmente presente o Senhor da família e da vida, do amor, da aliança que une os esposos. Deus é o criador da dignidade humana".
O Presidente do Pontifício Conselho para a Família assinalou que o tema de negar ou não a Comunhão aos políticos católicos anti-vida "não resolve de forma conjuntural segundo a variedade de comportamentos nos diversos países, já que a consciência dos cristãos e a comunhão eclesiástica resultariam ofuscadas e confusas. Todas essas questões devem esclarecer-se e iluminar-se com a Palavra de Deus à luz do Magistério da Igreja".
"Os políticos e os legisladores devem saber que propondo ou defendendo projetos de leis iníquas têm uma grave responsabilidade e devem remediar o mal realizado e difundido para poder ter acesso à Comunhão com o Senhor, que é caminho, verdade e vida", concluiu.