As estudantes nigerianas que foram sequestradas na sexta-feira passada da Escola de Ensino Médio para Meninas do Governo (GGSS) Jangebe, no estado de Zamfara (Nigéria), foram libertadas.

Na noite de 26 de fevereiro, as meninas foram feitas reféns por um grupo de homens armados que invadiram a escola e as levaram a um local desconhecido em motocicletas e caminhonetes 4x4.

 

Em 28 de fevereiro, o Papa Francisco condenou o "sequestro covarde" e exigiu a rápida libertação das estudantes.

“Rezo por essas meninas, para que logo possam voltar para casa. Estou junto de suas famílias e delas. Peçamos a Nossa Senhora para que as proteja”, pediu o Santo Padre.

A polícia, que começou imediatamente a investigação para a sua localização e resgate junto com os militares, conseguiu localizar outras 54 meninas que conseguiram escapar.

Através do Twitter, o governador do estado de Zamfara, Bello Matawalle, anunciou no dia 1º de março a libertação das estudantes e pediu a todos os cidadãos que se alegrem com eles "porque nossas filhas agora estão seguras".

Segundo uma reportagem da BBC News, um total de 279 estudantes da GGSS Jangebe foram libertadas após negociações entre o governo e os sequestradores.

Inicialmente, o número de meninas sequestradas era de 317, mas as autoridades da Zamfara indicaram que o número era impreciso.

 

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As escolas no país da África Ocidental se tornaram alvos de ataques armados e sequestros.

Uma semana antes dos eventos em Zamfara, desconhecidos atacaram a Escola de Ensino Médio de Ciências do Governo em Kagara, no estado do Níger, e sequestraram 42 pessoas, entre as quais havia 27 estudantes, três funcionários e 12 familiares dos alunos.

O governador do estado do Níger, Abubakar Sani Bello, informou em sua conta no Twitter que todos os reféns foram libertados em 27 de fevereiro e recebidos por funcionários do governo estadual.

Em um comunicado, a Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria (CBCN), em 23 de fevereiro, expressou preocupação com as "crises persistentes" que afligem os nigerianos, como sequestros, assaltos à mão armada e assassinatos, e assinalou que o país está "realmente à beira de um colapso iminente".

Os bispos pediram ao governo do presidente Muhammadu Buhari que “cumpra com a sua obrigação de governar a nação; não de acordo com preconceitos étnicos e religiosos, mas de acordo com os princípios objetivos e positivos da equidade e, acima de tudo, da justiça”.

Por fim, assinalaram que deixam a situação do país nas mãos de Deus e pedem ao Senhor coragem e sabedoria para tirar o país “da beira do colapso”.

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Publicado originalmente em ACI África. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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