NOVA IORQUE, 7 de out de 2005 às 17:38
Um dos membros do corpo diplomático da Santa Sé nas Nações Unidas, Francisco Dionisio, afirmou perante representantes de todo o mundo que a frase saúde sexual e reprodutiva é inaceitável se considerar o aborto ou o acesso ao mesmo como parte dela.Na sessão geral do dia de ontem, sobre o Programa Mundial para a Juventude iniciado no ano 2000, Dionisio assinalou que "o Relatório Mundial da Juventude da Secretaria Geral de 2005 mostra alguns elementos problemáticos que ainda afetam os jovens de hoje".
"Ao nos referir a eles, minha delegação reitera sua posição sobre o uso da frase ‘saúde sexual e reprodutiva’, como está contida no Relatório", prosseguiu e destacou que a Santa Sé a entende "como uma promoção holística da saúde de homens, mulheres, jovens e crianças. Não considera o aborto ou o acesso ao mesmo como parte dela".
Dionisio lembrou também que a Santa Sé colabora no desenvolvimento dos jovens do mundo e por isso "existem mais de 196 mil escolas católicas de primário e secundária às quais assistem mais de 51 milhões de crianças e jovens. Além disso, existem cerca de mil universidades, centros de educação superior e outros institutos superiores nos quais se educam uns quatro milhões de jovens adultos", aonde se anima os jovens a educar-se e a educar outros mais necessitados.
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Também mencionou que "muitos profissionais capacitados, com seu trabalho, sustentam o princípio de que toda vida é sagrada, e que toda pessoa é valiosa. Os jovens claramente se preocupam com os membros valiosos e vulneráveis da sociedade".
Ao explicar a posição da Santa Sé, Dionisio manifestou que para que os jovens se comprometam na construção de um futuro melhor fazem falta três coisas: "Reconhecer necessidades, especialmente dos pobres, planejar uma resposta e dar-lhe seguimento".
Finalmente, Dionisio exortou às Nações Unidas a que se "continue na identificação das necessidades dos jovens, especialmente dos mais pobres e frágeis" e reiterou o compromisso da Santa Sé "com seu trabalho em conjunto com a comunidade internacional para desenvolver de maneira realista, apropriada e imediata, respostas a longo prazo; já que construir um mundo melhor é um trabalho que leva toda a vida".