O arcebispo caldeu de Erbil (Iraque) Dom Bashar Warda, falou recentemente sobre as expectativas dos cristãos no Iraque sobre a próxima visita do Papa Francisco que tem início nesta sexta-feira, 05, e afirmou que, devido aos sofrimentos e perseguições, os cristãos são com frequência considerados as flores do Iraque.

"Às vezes as pessoas dizem que somos as flores do Iraque; Vocês são os melhores! Dizem em palavras gentis... É compreensível, já que os cristãos aqui enfrentaram muitos desafios", afirmou Dom Warda.   

Na véspera da viagem do Papa em uma entrevista ao canal EWTN, o prelado partilhou também suas esperanças para a visita: "Minhas esperanças e orações de uma visita bem-sucedida é que o Iraque será visto desde todo o mundo como uma terra de pessoas de boa fé, pessoas que amam a paz e pessoas que apresentaram para o mundo inteiro um grande pai Abraão”.

“Espero que essa visita possa deixar boas memórias e cenas onde todos começarão a pensar: por que devemos seguir o caminho da violência se existe outra estrada? E ela está aberta!”, comentou.

“O Iraque é rico e com essa diversidade temos culturas, línguas, costumes. E essa riqueza deve ser uma responsabilidade para oferecermos ao mundo como fizemos durante séculos", pontou ainda o prelado iraquiano.

Por sua parte, a Sra. Regina Lynch, Diretora de Projetos Internacionais da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, quem viajará com o séquito do Papa Francisco ao Iraque, afirmou à EWTN: "Acho que aquilo ao qual a viagem deve apontar, e que aparentemente já o alcanou, é, antes de tudo, uma maior consciência sobre o cristianismo no Iraque”, afirmou.

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“O que estamos ouvindo é que há mais presença na mídia. Há mais consciência sobre o cristianismo; as pessoas agora estão falando sobre quem são os cristãos. Que há um certo mal-entendido talvez por parte do povo iraquiano de que o cristianismo é algo que vem do Ocidente, quando na verdade os cristãos estão lá desde o primeiro século”, comentou.

“Então eu acho que é a conscientização e espero, especialmente para os cristãos, que eles não sejam apenas considerados uma minoria. Os cristãos se consideram iraquianos e meu verdadeiro desejo é que isso finalmente seja reconhecido por todos, que os cristãos sejam tão cidadãos do Iraque como o resto da população", concluiu Lynch.

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