VATICANO, 10 de out de 2005 às 18:08
Durante as congregações gerais do sábado e na segunda-feira pela manhã, diversos bispos propuseram medidas concretas para recuperar o valor da Eucaristia na vida da Igreja.Dom. Petru Gherghel, Bispo do Iasi (Romênia), depois de relatar os sacrifícios da comunidade católica romena para celebrar a Eucaristia durante o regime comunista, sugeriu "uma proposta para aumentar o respeito pela Eucaristia: Tendo presente a tradição oriental e a tentativa de um intercâmbio de dons entre nossas Igrejas, proponho utilizar para a Santa Missa também o apelativo "A Santa e Divina Liturgia", junto ao latim, já em uso mas pouco preciso".
"Será um nome que sugere com mais intensidade o sagrado, e convida ao recolhimento, ao estupor, ao silêncio e à adoração", concluiu.
Dom. Gabriel Malzaire, de Roseau (Dominica), lamentou a crescente "discrepância entre o que acreditam e o modo de viver" dos católicos, e propôs: "voltar à ênfase dos preceitos pascais que impõem ao menos a confissão anual; recordar o respeito e a reverência devida aos lugares sagrados; mais silêncio antes da celebração da Santa Missa e durante ela; que voltem a colocar genuflexórios e bancos onde as pessoas possam ajoelhar-se para que se acostumem a mostrar reverência diante do Santíssimo Sacramento".
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Por sua vez, o Cardeal Zenon Grocholewski, Prefeito da Congregação para a Educação Católica, abordou o tema da formação dos seminaristas em torno da Eucaristia.
"Poderíamos dizer que a Eucaristia constitui a base de toda a formação dos seminaristas, quer dizer, humana, espiritual, intelectual e pastoral. Esta centralidade da Eucaristia tem que ser enfatizada com força na vida do seminário, em diversos níveis: a sólida ilustração teológica do mistério eucarístico, e sua relação com o sacramento da penitência, a devida explicação do significado das regras litúrgicas, o exemplo dado pelos educadores, a preparação adequada das celebrações eucarísticas para que possam ser vividas intimamente por toda a comunidade, e também a presença e a disponibilidade de bons confessores, as adorações eucarísticas bem preparadas, o convite persistente à adoração pessoal ao Santíssimo Sacramento e assim sucessivamente".
"A formação dos seminaristas –concluiu– é muito importante e deveria fazer-se insistência nela, porque dos sacerdotes depende sobretudo o modo com que se celebra a Missa e como é percebida e vivida pelos fiéis".