Apesar do anúncio feito nesta quarta-feira pelas autoridades iraquianas de 5.663 novos casos de covid-19, um dos mais altos desde o início da pandemia, as autoridades decidiram continuar com o plano de desconfinamento. O país, que recebeu a visita do Papa Francisco há duas semanas, também teve uma alta no número de recuperados e espera a aprovação do parlamento para adquirir mais doses de vacina.

Apesar deste aumento recorde de casos de infeção nesta nação de aproximadamente 40 milhões de habitantes, as autoridades de saúde afirmaram à imprensa que cessará o recolher obrigatório instaurado há algumas semanas e que o plano de desconfinamento prosseguirá. O ministério da saúde iraquiano também garantiu que está na capacidade de lidar com os novos números de infectados.

Segundo as autoridades, o número de infectados desde o primeiro surto da pandemia em fevereiro de 2020, é de agora 768.352 cidadãos, 698.775 é o atual número de enfermos recuperados e até o momento foram registrados 13.827 mortes.

Em comunicado de imprensa, o chefe do Departamento de Saúde Pública do Ministério, Riyadh Abdul-Amir, disse que a situação epidemiológica no país é grave. Também é grave a situação de poucos testes realizados, cerca de apenas 40.000 por dia, e a quantidade ainda muito pequena de cidadãos vacinados contra a Covid-19.

Segundo a Arab News, o Iraque recebeu apenas 50.000 doses da vacina Sinopharm e os hospitais, muitos deles obsoletos, têm estado repletos. A situação é tão crítica que a parcela da população que pode adquirir medicamentos e tanques de oxigênio tem preferido tratar-se em casa, sem os cuidados de um médico, antes que enfrentar as filas e a situação precária dos centros de saúde iraquianos.

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Apesar de Bagdá ter anunciado um ambicioso plano para adquirir 16 milhões de doses, o parlamento, que ainda não aprovou o orçamento de 2021, precisa dar luz verde para o financiamento da compra.

O Papa Francisco esteve no Iraque entre os dias 05 e 08 de março, tornando-se o primeiro Papa a visitar o país.

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