O presidente do episcopado católico da Alemanha criticou nesta terça-feira a decisão da Chanceler Angela Merkel de interromper a as missas com o público ao decretar um estrito “lockdown” que irá da Quinta-feira Santa à Segunda-feira depois do Domingo Páscoa.

Respondendo a um anúncio da chanceler Angela Merkel e dos governos estaduais, o bispo George Bätzing, disse em 23 de março: "Fomos pegos de surpresa. A Páscoa é a festa mais importante para nós, as funções litúrgicas não são um aspecto exterior. No Natal, já demonstramos que podemos celebrar a missa com segurança. Não queremos ficar sem missas na Páscoa".

Os bispos disseram que se reunirão agora para decidir como responder ao anúncio do fechamento de igrejas sem aviso prévio por parte do governo alemão.

A Alemanha se esforça para conter a terceira onda do coronavírus, e por esta razão Merkel e os líderes estaduais formularam um rigoroso "bloqueio da Páscoa" que ocorreria em 1 a 5 de abril, e inclui medidas estritas de circulação e reuniões familiares, informou a CNA Deutsch, a agência de notícias em língua alemã do grupo ACI.

Todas as lojas estarão fechadas a partir de 1º de abril por cinco dias, exceto supermercados, que terão permissão para abrir no dia 3 de abril, sábado santo.

Merkel e os líderes regionais disseram em 23 de março: "O governo federal e os Länder [estados] entrarão em contato com as comunidades religiosas com o pedido de realizar reuniões religiosas apenas virtualmente durante este tempo."

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O primeiro-ministro da Baviera, Markus Söder, disse que após o feriado de Páscoa "as aberturas poderiam então ser consideradas caso a caso".

A taxa de incidência de coronavírus na Alemanha quase dobrou no último mês. O país, que tem uma população de 83 milhões de habitantes, registrou mais de 2,6 milhões de infecções e 75.000 mortes até 23 de março, de acordo com o Johns Hopkins Coronavirus Resource Center.

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