O Arcebispo da Santa Cruz de la Sierra, Cardeal Julio Terrazas Sandoval, assinalou que o país precisa de "horizontes mais claros" que permitam acabar com as mesquinharias que só separam e obstruem um futuro de unidade, no marco das próximas eleições presidenciais do país altiplano.

Durante sua homilia da Missa dominical, o Cardeal pediu aos paroquianos aprender "as lições da história" e não andar contentes "repetindo o mesmo de sempre". Expressou seu desejo de que "a criatividade espiritual, moral e ética" comece a dar como frutos "horizontes mais claros para acabar com as mesquinharias" e com tudo aquilo que separa, e assim construir um espaço que permita viver em plena liberdade e justiça.

Do mesmo modo, pediu aos candidatos "trabalhar com humildade e simplicidade (...), sem muitas poses", mas oferecendo vida ao país. "Essa é a maneira de Jesus, quiçá aprendêssemos todos, mas sobretudo quem pretende ter responsabilidades para levantar os que estão cansados", indicou.

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O Cardeal explicou que o Evangelho nos lembra que muitas vezes as autoridades e os capitalistas não procuravam Jesus "porque queriam mudar sua vida ou converter-se", mas sim porque "estavam procurando a primeira palavra para acusá-lo, uma palavra que não gostassem ou que se opusesse à lei para acusá-lo".

O Arcebispo pediu evitar as "guerras artificiais" nas quais se condena "a uns porque não achamos que pensam como nós, porque são perversos". Acrescentou que quem se candidata a dirigir o país deve dizer "o que pretende, o que pode fazer e o que é que sonham para benefício de todos e não de uns quantos".

"O Reino de Deus não oferece pegas, o Reino de Deus oferece trabalho, o trabalho pela justiça e a verdade que terá que fazê-la e construi-la; o trabalho pela paz, que temos que construir entre todos, não podemos ficar à margem do conflito e, quando estivermos para nos afundar, dizer a Deus que intervenha e que Ele ponha um pouco de paz", afirmou.