“Esses são os tempos que testam a alma dos homens.” Na verdade, estes tempos testam as almas de mulheres e homens, especialmente as pessoas de fé.

Este momento histórico apresenta este desafio: Acreditamoss realmente nas verdades da fé? Vou ser específica: Acreditamos realmente que Jesus se ergueu dos mortos? E que diferença faz se acreditamos?

É um fato histórico que Jesus de Nazaré morreu. Ele foi executado pelos romanos do modo bastante público e completo pelo qual eles eram bem conhecidos. Não há dúvida sobre a morte de Jesus.

No terceiro dia depois de sua morte, as pessoas começaram a dizer que o tinham visto vivo. Não era uma questão de uma pessoa fazendo uma afirmação privada não-confirmada. Antes, grupos inteiros de pessoas alegavam que todos O tinham visto ao mesmo tempo. Eles diziam que O haviam tocado, falado com Ele e O tinham visto consumir comida.

Não havia nenhum benefício pessoal para qualquer um deles em forjar essa história. De fato, esse grupo inicial de seguidores enfrentou enorme pressão para mudar suas histórias.

A tradição diz que 11 dos 12 apóstolos foram martirizados, aguns de modos espetacularmente dolorosos. São Pedro e Santo André enfrentaram o suplício da crucifixão. São Bartolomeu foi esfolado vivo. Alguém pode acreditar seriamente que todos eles só inventaram a história da Ressurreição? Você não acha que ao menos um deles teria mudado sua história, debaixo desse tipo de tortura?

Mas nenhum deles fez isso. Eles continuaram a dizer que tinham visto Jesus vivo, em carne, no terceiro dia depois que tinha sido morto e sepultado. Esses são fatos publicamente disponíveis largamente documentados. A mais lógica conclusão a ser tirada é que Jesus realmente ressuscitou dos mortos.

Uma vez que a Ressurreição de Jesus é aceita como fato histórico, duvidar da completa identidade de Jesus já não é razoável. Ele era quem dizia ser: o Filho de Deus. E se é razoável acreditar que Jesus é Deus, então é razoável também acreditar nas verdades básicas do judaísmo.

Jesus disse ser o cumprimento de todas as promessas feitas ao povo judeu. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, as histórias, os profetas, a literatura sapiencial: tudo isso é verdade. A verdade histórica da Ressurreição prova que a Bíblia Hebraica também é verdade.

Cristãos nos tempos modernos se acostumaram a reinterpretações da fé que removem todo sentido sobrenatural ou imaterial. Por exemplo, às vezes as pessoas alegam que Deus não nos criou, mas que nós criamos Deus “à nossa própria imagem e semelhança.” Não acho que seja razoável descartar o Cristianismo dessa forma. Certamente nós humanos criamos todo tipo de ídolo o tempo todo. Com certeza poder-se-ia dizer que os gregos e os romanos criaram deuses à sua própria (não muito atraente) imagem e semelhança. Os deuses deles eram apenas humanos falíveis dotados de super-poderes.

Mas quem poderia inventor um deus com os traços particulares de Jesus? Jesus não é um Deus que exige sacrifício humano. Jesus sacrifica a si próprio por nós. Jesus não veio à terra para ficar dando ordens. Ele veio nos convidar a entrar em um relacionamento amoroso pessoal com a Divina Trindade. Pense nisso: que outra religião ou filosofia ou visão de mundo algum dia apareceu com uma ideia remotamente parecida com a Trindade, de que o mais alto Poder do Universo é uma comunhão de pessoas que se amam?

O Cristianismo não é só mais um mito inventado por gente primitiva para explicar fenômenos naturais que nós podemos agora explicar por meio da ciência. Se você pensar, nem a Bíblia Cristã nem a Hebraica estão muito interessadas nesse tipo de coisa. Os judeus não inventaram um deus encarregado do sol ou uma deusa encarregada da lua. Eles não imaginaram Thor fazendo um barulhão nem Zeus atirando raios.

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A cosmologia hebraica é única entre os relatos da criação antigos, superando todos eles na ousadia e poder de suas afirmações. Deus criou o cosmos inteiro do nada como um ato de amor. Deus governa todas as coisas. A vida, morte e ressurreição de Jesus afirma a cosmologia hebraica e derruba de uma vez por todas os mitos antigos.

Jesus também não pode ser rebaixado a algum tipo de arquétipo junguiano, uma imagem ou símbolo arcaico, universal. Jesus não pode ser reduzido a alguma expressão ou representação vaga de alguma fantasia ou desejo coletivo. Jesus de Nazaré foi um ser humano vivo e real. Sobre isso não pode haver dúvida razoável. Ele foi executado e foi sepultado. No terceiro dia, várias testemunhas alegam tê-lo visto vivo. Nenhuma dessas pessoas pôde ser convencida a mudar sua posição, a despeito de esforços agressivos para isso.

Repito meu desafio inicial: Você realmente acredita que Jesus ressuscitou dos mortos? Aceitar a fé porque nos foi ensinada quando crianças não basta. Reinterpretar a fé com as lentes do racionalismo científico moderno não basta. Reduzir as verdades da fé crista ao status de mitos antigos não basta.

Não podenos negociar esse princípio. Jesus é o Filho de Deus vivo. Chega de sapatear em volta desse tema central, para nos manter confortáveis dentro de nossa sociedade descristianizada. Temos que estar dispostos a afirmar, sem hesitação ou compromisso, a verdade histórica da Ressurreição. Isso abre a porta para levar a sério outras afirmações não-materiais sobrenaturais do cristianismo.

A compreensão judaico-cristã do mundo e da pessoa humana é realmente verdadeira, não metaforicamente verdadeira. Levar isso em conta ajudará nossos esforços de construir um mundo bom e humano. Em meu próximo artigo, vou delinear que diferença isso faz para você e sua vida e seu testemunho nestes tempos atribulados.

Jennifer Roback Morse, Ph.D. é fundadora e presidente do Ruth Institute, que ajuda vítimas da revolução sexual a se recuperar de suas experiências e a se tornar defensores de mudanças positivas.

 

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