"Jamais acreditei estar vivendo com uma santa. Minha esposa tinha infinita confiança na Providência e era uma mulher cheia de alegria de viver", expressou Pietro, esposo de Gianna Beretta Molla, em uma ocasião.

Por ocasião da celebração desta mãe coragem italiana, que se celebra em 28 de abril, fornecemos oito dados inspiradores que talvez não conhecia sobre a sua vida.

1. Foi "médica dos pobres"

Santa Gianna Beretta obteve o título de doutora em medicina e cirurgia, em 1949, na Universidade de Pavia, e em 1952, especializou-se em pediatria na Universidade de Milão.

Segundo indica sua biografia, ela “preferia os pobres entre seus pacientes”, assim como as mulheres grávidas, as crianças e os idosos.

“Não esqueçamos que no corpo de nossa paciente existe uma alma imortal. Sejamos honestos e médicos de fé”, costumava dizer santa Gianna.

2. Difundiu sua devoção por Nossa Senhora

Santa Gianna foi muito devota de Nossa Senhora. Quando sua mãe morreu, ela disse a Maria: "Confio em vós, doce mãe, e tenho certeza de que nunca me abandonareis".

Ela falava da Mãe de Deus para as jovens da Ação Católica e nas cartas dirigidas ao seu namorado Pietro, que mais tarde se tornou seu marido.

Em seu livro “Gianna Molla Beretta. Escritos, lembranças, testemunhos", Pietro indicou que, no dia de seu matrimônio, a santa "doou seu buquê de flores ao altar da Virgem da qual era muito devota".

3. É possível alcançar a santidade no matrimônio

Gianna conheceu o seu marido em uma Missa, em 1954. Ele era engenheiro e também pertencia à Ação Católica. A biografia da santa descreve que, durante o namoro, ela foi "muito clara em seus propósitos e em projetar sua nova família e, ao mesmo tempo, foi maravilhosa, transmitindo a Pietro sua grande alegria de viver".

Casaram-se em 24 de setembro de 1955. Gianna foi "uma esposa feliz" e "soube harmonizar, com simplicidade e equilíbrio, seus deveres como mãe e médica".

Pietro apoiou-a em sua decisão de não abortar seu bebê, como alguns médicos sugeriram, para salvar sua vida, e após a morte de Gianna, o marido nunca se casou novamente e cuidou dos quatro filhos.

4. Recusou-se a fazer um aborto "terapêutico"

No início de sua quarta gravidez, os médicos detectaram-lhe um tumor no útero e sugeriram que fizesse um aborto "terapêutico" para se salvar. Ela recusou e pediu ao cirurgião que protegesse o seu bebê a “todo custo”.

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Foi operada e o bebê conseguiu se salvar. Antes do parto, Santa Gianna disse aos médicos: “se for necessário decidir entre a minha vida e a da criança, não duvidem; eu exijo que escolham a dele. Salvem-no”.

Segundo indica sua biografia, a santa considerava que seu bebê "tinha os mesmos direitos de viver" que seus outros três filhos e que ela "era apenas o instrumento da Providência para que aquela nova criaturinha viesse ao mundo".

5. Sua última filha nasceu no Sábado Santo

A biografia da santa destaca que, em 21 de abril de 1962, um Sábado Santo, ela deu à luz a sua quarta filha, Gianna Emmanuela, por cesariana.

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Uma hora após o parto, Santo Gianna começou a sofrer dores abdominais e febre devido à peritonite séptica. Sua condição piorou nos dias seguintes. No meio dos sofrimentos, recebeu a Eucaristia e não parou de pronunciar jaculatórias de amor a Jesus.

Morreu em 28 de abril, aos 39 anos.

6. Uma carta de amor foi lida diante de milhares de famílias

Em 26 de setembro de 2015, durante o Encontro Mundial das Famílias (EMF), realizado na Filadélfia (Estados Unidos), Gianna Emanuela leu uma carta de amor que sua mãe escreveu ao seu pai quando ambos ainda namoravam.

Depois, a filha da santa cumprimentou o Papa Francisco e lhe presenteou com uma relíquia de sua mãe.

7. Teve três irmãos consagrados

Segundo sua biografia, Santa Gianna foi a décima de treze filhos e três de seus irmãos optaram pela vida consagrada.

Seu irmão Enrico pertenceu à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e foi missionário no Brasil. Giuseppe, outro de seus irmãos foi sacerdote na diocese italiana de Bérgamo, e sua irmã Virginia foi religiosa na congregação das Filhas da Caridade Canossianas.

A irmã Virginia disse uma vez que, enquanto eu estava na Índia como missionária, “de forma inesperada e providencial, o Senhor me fez voltar para a Itália a tempo para ver Gianna, apenas quatro dias antes de sua morte. Assim, pude ajudá-la e confortá-la naqueles momentos tão dolorosos e preciosos aos olhos de Deus, e guardo uma lembrança viva destes momentos”.

8. Foi beatificada e canonizada por São João Paulo II

Gianna Beretta Molla foi beatificada por São João Paulo II em 24 de abril de 1994, durante o Ano Internacional da Família; e canonizada pelo mesmo Pontífice em 16 de maio de 2004.

Santa Gianna Beretta é considerada padroeira da defesa da vida.