“A despenalização do aborto é um fracasso do governo no cuidado dos direitos humanos, da saúde da mulher e dos bebês em gestação”, disse esta semana Marcial Padilla, diretor da plataforma pró-vida ConParticipación”. No dia 24 de abril completaram-se 14 anos da despenalização do aborto até as 12 semanas de gestação na Cidade do México. O grupo pró-vida diz que a medida causou a morte de mais de 200 mil nascituros.

“Em 24 de abril de 2021, fez 14 anos desde a despenalização do aborto na Cidade do México. É um aniversário triste, porque devido a esta modificação da lei, até o momento, mais de 200 mil vidas humanas foram perdidas”, lamentou Padilla em um comunicado da ConParticipación.

A modificação da lei que mudou a história do direito à vida no México entrou em vigor em 26 de abril de 2007. “O artigo 144 do Código Penal do Distrito Federal mudou e desde então a vida de um ser humano não é mais protegida nas primeiras 12 semanas, ou seja, um aborto pode ser praticado na Cidade do México sem penalidade legal até a 12ª semana de gestação”, disse Padilla.

O artigo 144 do Código Penal da Cidade do México afirma que “o aborto é a interrupção da gravidez após a décima segunda semana de gestação”.

O diretor de ConParticipación disse que “segundo as estatísticas fornecidas pelo Ministério da Saúde, de abril de 2007 a 31 de dezembro de 2020, estima-se que cerca de 231.901 abortos foram realizados naquela cidade nas primeiras 12 semanas de gravidez, sem que haja uma causa para isso”.

“E devemos ser muito claros: a vida desses filhos em gestação foi eliminada para sempre, não foi 'interrompida' porque o que é interrompido pode ser retomado”, disse.

Padilla destacou que “é falso que haja aborto seguro. Seja legal ou ilegal, qualquer aborto tira a vida de um ser humano e traz riscos para a vida da mulher que aborta”.

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Para ele, ao contrário do que dizem os defensores do aborto, “é uma mentira que no México haja milhares de mulheres presas por cometer abortos. As estatísticas da Secretaria Executiva do Sistema Nacional de Segurança Pública comprovam”.

"O aborto implica uma injustiça maior contra as mulheres, uma vez que os homens que levam as mulheres ao aborto geralmente ficam impunes", observou Padilla.

“Somos mais os que defendemos a vida. A evidência é clara: queremos a vida para todos os filhos e filhas em gestação. Toda vida vale a pena”, comentou.

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