Vaticano, 3 de mai de 2021 às 11:03
O Papa Francisco destacou que durante o mês de maio "a piedade popular expressa de muitas maneiras a devoção à Virgem Maria", por isso encorajou as pessoas a se unirem a duas iniciativas
Em primeiro lugar, o Santo Padre recordou a maratona de oração do Rosário que inaugurou no dia 1° de maio na Basílica de São Pedro, à qual se juntaram santuários de todo o mundo.
Além disso, o Santo Padre afirmou que “há uma iniciativa que me é muito cara: a da Igreja birmanesa, que nos convida a rezar pela paz, reservando diariamente uma Ave Maria do Rosário para Mianmar”.
“Cada um de nós se volta para nossa Mãe quando estamos em necessidade ou dificuldade; nós, neste mês, pedimos a nossa Mãe do Céu para falar ao coração de todos os líderes de Mianmar para que eles encontrem a coragem de trilhar o caminho do encontro, da reconciliação e da paz”, disse o Papa após a oração do Regina Coeli deste domingo, 2 de maio.
Em diversas ocasiões, o Santo Padre expressou sua “grande preocupação a evolução da situação que se criou em Mianmar, um país que, desde a minha visita apostólica de 2017, carrego no coração com muito afeto”, disse o Papa em 7 de fevereiro.
Ao concluir a oração do Ângelus daquele domingo, o Papa Francisco rezou pelo povo de Mianmar e pediu para promover "a justiça social e a estabilidade nacional, para uma convivência harmoniosa".
“Neste momento tão delicado quero assegurar mais uma vez minha proximidade espiritual, minha oração e minha solidariedade com o povo de Mianmar. E rezo para que todos aqueles que têm responsabilidades no país se coloquem com sincera disponibilidade a serviço do bem comum, promovendo a justiça social e a estabilidade nacional, para uma convivência harmoniosa”, advertiu então.
Por fim, o Pontífice pediu "Rezemos por Mianmar" e permaneceu em silêncio orante.
Situação em Mianmar
A República da União de Mianmar é um país localizado no sudeste asiático que faz fronteira com Índia e Bangladesh a oeste, com Tailândia e Laos a leste, com China ao norte e com a Bahía de Bengala e o mar de Andamão ao Sul.
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Em 1º de fevereiro, houve um golpe militar que depôs o governo civil de Aung San Suu Kyi e os líderes militares declararam estado de emergência por um ano e que o país seria liderado pelo general Min Aung Hlaing.
Dois dias depois, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu "a libertação de todos os detidos, o respeito aos direitos humanos evitando o uso da violência e o restabelecimento do processo democrático".
Durante essas semanas, ocorreram confrontos sangrentos entre as forças de segurança e os manifestantes que protestam contra o golpe militar. Desde o início da crise, mais de 500 pessoas morreram, incluindo 44 crianças.
A Conferência Episcopal de Mianmar fez “um apelo aos fiéis para participarem de um dia de oração pela paz” e acrescentou que “os bispos em suas homilias continuaram apelando ao diálogo, à não violência e ao retorno à democracia”.
Além disso, o presidente da Conferência Episcopal, cardeal Charles Maung Bo, disse em 4 de fevereiro que "a democracia e a paz são o único caminho a seguir".
“Hoje, mais do que nunca, nossa comunidade precisa da misericórdia. Milhões estão morrendo de fome. Antes que pudessem sair desta desgraça, chegou o golpe. A maioria do nosso povo morre de fome. Precisamos compartilhar nossos recursos. Por mais pobres que sejamos, poderíamos compartilhar algo. Esse é o sinal da Divina Misericórdia”, disse o cardeal Bo em uma homilia de 11 de abril.
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— ACI Digital (@acidigital) May 3, 2021