Arcebispo adverte que pais que não vivem a fé formam "pequenos ateus"

MADRI, 17 de out de 2005 às 15:00

O Arcebispo de Valladolid, Dom. Braulio Rodríguez Plaza, dirigiu uma enérgica mensagem aos pais de família que preparam a seus filhos para receber a Primeira Comunhão, advertindo que educar as crianças na fé supõe uma vivência pessoal, para evitar assim o perigo de estar "formando pequenos ateus".

O Prelado afirmou que as crianças são preparadas para viver a fé só depois de ter realizado o Sacramento, sem ter previamente uma aproximação à fé e uma participação na Eucaristia dominical. O problema da preparação das crianças à Primeira Comunhão é "evidente" na medida em que não se obtém que os "crianças entendam e, principalmente, vivam o significado em seu processo de iniciação cristã".

O problema, reiterou o Prelado, está na educação dos pais e na forma como estes vivem a fé, porque se eles "não vivem de maneira cristã, não podem educar seus filhos", e as crianças não podem "estar já pensando unicamente, quando seus pais os levam à catequese paroquial, no dia da Primeira Comunhão. Devem saber os pais e os catequistas que essas crianças devem começar a freqüentar a Eucaristia dominical e ir pouco a pouco sendo introduzidas na celebração, antes da celebração da Eucaristia onde podem comungar pela primeira vez. Não a entendem e se aborrecem".

"Os pais devem saber que não se pode permitir que, se eles não estiverem dispostos a ajudar a seus filhos nesta tarefa de iniciação a vivência do mistério cristão, que seus filhos sejam estacionados na paróquia para um tempo de catequese não aproveitada, a que eles geralmente não apóiam, seja suficiente para celebrar a Primeira Comunhão", acrescentou o Prelado.

Em seu comunicado, Dom. Rodríguez Plaza, referiu-se à importância de começar a educar as novas gerações no amor, na caridade e na solidariedade", para assim poder ter uma resposta de fé frente aos diversos "dramas humanos" atuais como as tragédias naturais e o problema dos imigrantes que entraram na Europa nas últimas semanas, situações que poderiam "ter sido evitadas, porque dependem da vontade dos homens e dos governos".