Vaticano, 16 de mai de 2021 às 19:57
Antes de dirigir a oração de Regina Coeli no dia 16 de maio, sétimo domingo de Páscoa e solenidade da Ascensão do Senhor, o Papa Francisco explicou a razão da alegria dos discípulos por ver Jesus voltar ao Pai mesmo sabendo que não o veriam mais. O Papa afirmou que ver Jesus dando cumprimento à sua missão e nossa humanidade erguida ao céu foi o que alegrou os discípulos e deve alegrar também a cada um de nós hoje.
«Enquanto contemplamos o Céu, aonde Cristo ascendeu e está sentado à direita do Pai, peçamos a Maria, Rainha do Céu, que nos ajude a sermos testemunhas valentes do Ressuscitado no mundo nas situações concretas da vida, disse o papa perante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
Refletindo sobre o relato da Ascensão do Senhor no Evangelho de São Marcos, o Pontífice referiu-se ao “último encontro do Ressuscitado com os discípulos antes de subir à destra do Pai” e sublinhou que “normalmente as cenas as despedidas são tristes, causam nos que ficam um sentimento de perda, de abandono. Por outro lado, tudo isso não acontece aos discípulos”.
“Apesar da separação do Senhor, eles não estão desconsolados, na verdade, estão felizes e prontos para partir como missionários no mundo”, dise o Santo Padre.
Nesse sentido, o Papa Francisco destacou o motivo pelo qual “também nós devemos estar felizes por ver Jesus subindo ao céu”
Segundo o Pontífice, a razão da alegria dos discípulos é que “a ascensão completa a missão de Jesus em meio de nós”.
A seguir, o papa falou espontaneamente, sem ler o texto preparado, recordando que “Deus, o filho de Deus, desceu e se fez homem, Deus - homem, tomou a nossa humanidade, resgatou-a e agora sobe ao céu levando consigo a nossa carne”.
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“O primeiro homem que entra no céu, porque Jesus é homem, verdadeiramente homem, ele é Deus, verdadeiro Deus, e a nossa carne está no céu, isso nos dá alegria. À direita do Pai já está sentado um corpo humano, o corpo de Jesus, e neste mistério cada um de nós contempla o próprio destino futuro”, acrescentou o Papa.
Desta forma, o Santo Padre sublinhou que “não se trata de abandono, porque Jesus está para sempre com os discípulos, com cada um de nós. Permanece em oração, porque Ele, como homem, ora ao Pai como Deus. Faz com que ele veja as feridas, as feridas com as quais ele nos redimiu. A oração de Jesus está lá com a nossa carne, é um de nós que está lá, Deus - homem que ora por nós. Isso deve nos dar segurança, alegria, muita alegria ”.
Mais adiante, o Papa destacou que outro motivo de alegria é a promessa de Jesus, porque “Ele nos disse: Eu vos enviarei o Espírito Santo. E ali com o Espírito Santo é dada a ordem em que Ele confia na sua despedida: Ide pelo mundo, proclamai o Evangelho. E será o Espírito Santo que nos conduzirá ao mundo para anunciar o Evangelho”.
“É uma grande alegria, Jesus, o primeiro homem, foi com as feridas ao Pai, que foi o preço da nossa salvação e ora por nós. E então ele nos promete o Espírito Santo para ir evangelizar. Daí a alegria de hoje”, concluiu o Papa Francisco.
Confira:
Papa pede aos católicos de Myanmar cuidado pela unidade da Igreja https://t.co/cR8KpwQcxY
— ACI Digital (@acidigital) May 16, 2021