O Cardeal australiano George Pell completou hoje, dia 8 de junho, 80 anos e não é mais eleitor do próximo papa. O Colégio dos Cardeais tem agora 222 membros, dos quais 124 com direito a voto em um eventual conclave e 98 não-eleitores por terem 80 anos ou mais.

 

George Pell nasceu em Ballarat em 8 de junho de 1941. Depois de estudar na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma, em 16 de dezembro de 1966 foi ordenado sacerdote para a diocese de Ballarat. Pell é também doutor em história da Igreja na universidade de Oxford, na Inglaterra.

Em 30 de março de 1987, São João Paulo II nomeou Pell bispo auxiliar de Melbourne de onde se tornou arcebispo em 1996. Em 2001 tornou-se arcebispo de Sydney e foi criado cardeal dois anos depois. Em 13 de abril de 2013, o papa Francisco nomeou-o membro do Conselho dos Cardeais para a reforma da Cúria Romana e no dia 24 de fevereiro seguinte tornou-se Prefeito da Secretaria para a Economia.

Ele deixou os dois cargos, respectivamente, em dezembro de 2018 e fevereiro de 2019 por causa de acusações de abusos sexuais na Austrália.  Em 29 de junho de 2017, ele foi denunciado por abuso infantil e voltou à Austrália para ser julgado. O cardeal foi condenado em primeira instância a 6 anos de prisão e foi encarcerado. Em 7 de abril de 2020 Pell foi inocentado em última instância pela Justiça australiana.

Pell descreveu seu tempo na prisão como uma espécie de "retiro espiritual" em que viveu um tempo cheio de "graça e dom” como disse no lançamento de seu livro Prison Journal (Diário da Prisão, em tradução livre), em 9 de dezembro.

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Durante seus 404 dias na prisão, o Cardeal Pell não pôde celebrar missa pela primeira vez em meio século de sacerdócio. O cardea disse que "rezava constantemente", podia receber a comunhão uma vez por semana, e via regularmente "dois ou três" cultos evangélicos protestantes aos domingos. “Critiquei seus sermões, mas muitos deles eu aproveitei”, disse. Seguno Pell, ver os serviços protestantes, que não têm um calendário litúrgico, o fez perceber “quão maravilhoso é o ano litúrgico”. “Ele nos mantém em movimento, nos sublinha as últimas coisas, nos lembra da encarnação e da redenção. É uma forma de agir muito básica, rudimentar e bonita que tiramos dos judeus”, disse.

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