Vaticano, 16 de jun de 2021 às 15:09
O Papa Francisco nomeou Luigi Maria Epicoco, padre e filósofo italiano, "assistente eclesiástico" do Dicastério para a Comunicação da Santa Sé, cargo que até agora não existia. Epicoco, da diocese de Aquila no sul da Itália, tem 40 anos e é autor de mais de 20 livros. Muito convidado para falar na mídia, o pade também faz conferências e prega retiros por toda a Itália. Com sua nova função, Epicoco também será colunista de L'Osservatore Romano, o jornal oficial da Santa Sé.
Francisco iniciou uma grande reforma nos serviços de comunicação da Santa Sé criando o Dicastério das Comunicações em 2015. O dicastério cuida de todas as operações de comunicação da Santa Sé incluindo as 33 edições do site Vatican News, a rádio Vaticano, o jornal impresso L'Osservatore Romano e a editora Vaticana.
Em 12 de abril de 2017, o papa Francisco nomeou 12 consultores para o dicastério.
Em julho de 2018, o papa pôs Paolo Ruffini, então diretor da rede de televisão dos bispos italianos TV2000, a frente do setor de comunicações. Foi o primeiro leigo nomeado para a chefia de um dicastério na história da Cúria Romana. Ruffini substituiu o argentino dom Dario Viganò, que teve que sair por ter alterado uma carta de Bento XVI e usá-la em um livro sobre a teologia do papa Francisco. Viganò continua a trabalhar no dicastério para a comunicação, mas em uma função consultiva. O jornalista italiano Andrea Tornielli, também leigo, foi nomeado diretor editorial do Dicastério da Comunicação em dezembro de 2018.
No último 24 de maio, o Papa Francisco fez uma visita aos escritórios do VaticanNews e do L'Osservatore Romano. Durante a visita, o papa criticou a baixa audiência dos meios de comunicação da Santa Sé.
O papa começou sua entrevista na rádio Vaticana dizendo: “há alguém escutando?”
"Há muitas razões para estar preocupado com a rádio, com L'Osservatore, mas uma que toca o meu coração: Quantas pessoas escutam a Rádio? Quantas pessoas lêem L'Osservatore Romano?”, perguntou o papa. Segundo Francisco, as comunicações da Santa Sé parecem "uma montanha que dá à luz um rato". "É sempre um perigo que você seja organizado, faça um bom trabalho, mas não chegue às pessoas", disse o papa Francisco à época.
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Não está claro qual será o papel do padre Luigi Epicoco. Ele é sacerdote desde 2005, nasceu em Mesagne, perto de Bríndisi, mas estudou e foi ordenado padre na arquidiocese de Aquila. Ele era capelão universitário quando a região foi atingida pelo devastador terremoto de 2009, que matou mais de 300 pessoas.
No ano passado, Epicoco supervisionou a publicação de um livro em italiano, "São João Paulo o Grande", com as reflexões do Papa Francisco sobre seu predecessor polonês.
Atualmente, o sacerdote ensina uma cátedra na faculdade de filosofia da Pontifícia Universidade Lateranense e em 2019 o cardeal vigário para a diocese Roma, dom Angelo De Donatis, o nomeou deão do Instituto Superior de Ciências Religiosas Fides et Ratio.
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