VATICANO, 9 de jul de 2004 às 16:17
A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou hoje uma carta dirigida pelo Papa João Paulo II ao Cardeal Renato Martino, presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz”, onde chama aos países mais desenvolvidos à solidariedade para por fim a crise da dívida dos países pobres.
A carta do Pontífice, enviada devido ao seminário internacional “Pobreza e Globalização: Financiar o Desenvolvimento e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” patrocinado pelo dicastério esta sexta-feira, assegura aos participantes seu “apoio nesta importante tarefa”.
“As condições de pobreza extrema que afetam a milhares de pessoas – destaca o Santo Padre – são motivo de grande preocupação para a comunidade internacional”
“A Igreja – acrescenta -, comprometida com uma ‘opção preferencial pelos pobres’, naturalmente compartilha esta preocupação e apóia com decisão o objetivo do Milênio de reduzir pela metade, até 2005, o número de pobres. Através de numerosos órgãos católicos, de ajuda e desenvolvimento, a Igreja contribui para a realização destes objetivos, prosseguindo na tarefa de Cristo, que veio para trazer a Boa Nova aos pobres, para dar de comer aos que têm fome, para servir e não para ser servido”.
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João Paulo II continua destacando na carta que “tanto foi feito para reduzir o imposto da dívida que aflige os países pobres, mas ainda há muito que ser feito se queremos que as nações em desenvolvimento escapem dos efeitos paralisante da falta de investimentos e que os países desenvolvidos cumpram com seu dever de solidariedade com seus irmãos e irmãs menos afortunados em outras partes do mundo”.
“De curto a médio prazo, o compromisso de incrementar a ajuda estrangeira parece ser o único caminho viável e a Igreja acolhe de bom grado a busca de soluções inovadoras, como o Serviço de Financiamento Internacional”, destaca o Papa.
“Ao mesmo tempo, a ajuda financeira das nações mais ricas requer a obrigação por parte de quem recebe de demonstrar transparência e confiabilidade no emprego dessa ajuda. Estou seguro que tanto os governos dos países ricos como dos pobres assumirão suas responsabilidades para os demais e com seus povos”, conclui a carta papal.