MADRI, 20 de jul de 2021 às 15:35
Uma missa foi celebrada na Catedral da Almudena, em Madri, na Espanha, pelo quinto ano da morte de Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal. Ao final da celebração, Carlos Metola, postulador da causa de beatificação de Carmen Hernández na fase diocesana do processo, entregou ao cardeal Carlos Osoro, arcebispo de Madri, o pedido formal do início da causa.
Durante a homilia, o cardeal Osoro disse que a cerimônia era um momento de “dar graças a Deus e pedir pela Carmen”, que foi “uma incansável catequista e trabalhadora pelo anúncio de Cristo como o único Caminho, Verdade e Vida” e que ela manifestou isso “com uma entrega incondicional de sua vida”.
“Que profundidade a vida humana atinge quando a colocamos em segurança com Cristo”, afirmou o arcebispo de Madri. Ele lembrou o chamado que Carmen Hernández fez a “ser porta-vozes, no século XXI, do grito mais necessário para os homens da parte de Deus: Cristo ressuscitou. Amai-vos uns aos outros”.
“Carmen quis ser portadora de Jesus Cristo. Quantas vezes ouvimos, de seus próprios lábios, que o que o homem mais precisa é amar com o amor de Cristo e experimentar o amor do Senhor”, afirmou.
O cardeal Osoro recordou que “Carmen nos gritava e nos dizia de formas sugestivas: ´Mostrai-vos a Cristo com a vossa vida´”.
“Carmen pronunciava palavras de esperança, dava uma saída para aqueles que pediam luz e sentido para suas vidas. Dizia-lhes que não vivessem para si mesmos e que percebessem o amor de Deus”, frisou o cardeal. Ele recordou que a iniciadora do Caminho Neocatecumenal dizia que “as fronteiras, a divisão, os conflitos, são causados pelo homem que esquece de Deus, que abandona um Deus que o ama”.
“Estamos rezando pela Carmen, por essa mulher que, acolhendo Jesus Cristo, foi capaz de anunciá-lo abrindo horizontes de alegria e esperança. Mostrando o amor misericordioso de Deus, mostrando a vida nova que surge em Cristo”, afirmou.
Pedido de início da causa de beatificação
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O postulador diocesano da causa de Carmen Hernández, Carlos Metola, entregou no final da missa o “suplex libelus”, ou seja, o pedido formal para a abertura da causa de canonização da iniciadora do Caminho Neocatecumenal.
Este pedido formal inclui um dossiê com escritos, documentos e testemunhos que atestam que Hernández viveu as virtudes heróicas necessárias para declarar sua santidade de vida. No pedido, estão anexados mais de 1.500 testemunhos de graças e favores recebidos pela intercessão de Carmen.
Embora este procedimento geralmente seja privado, neste caso, o cardeal Carlos Osoro pediu que fosse feito em público.
Kiko Argüello, cofundador do Caminho Neocatecumenal, não compareceu à missa, mas enviou uma mensagem que foi lida no final da Eucaristia. Ele afirmou que Carmen Hernández foi “uma mulher excepcional, apaixonada por Cristo, pela Escritura e pela Eucaristia” e uma “mulher importantíssima para a Igreja”. “Dou graças a Deus pela Carmen, uma mulher profunda, autêntica e livre na sua relação com todos. Amava Cristo, a Igreja e o papa acima de tudo”, disse Kiko. “Cremos que Carmen está com o Senhor, que ela já está ´na festa´”, afirmou.
Kiko pediu ao postulador da causa, Carlos Matola, que “todas as diligências necessárias” fossem feitas para pedir o início da causa de beatificação da iniciadora do Caminho Neocatecumenal. Sendo assim, Metola entregou ao cardeal Osoro o pedido de abertura do processo de canonização da iniciadora do Caminho Neocatecumenal.
Confira também:
A incrível história de um sacerdote ordenado em um campo de concentração nazista https://t.co/Gl5CkgvJzE
— ACI Digital (@acidigital) July 18, 2020