Líderes pró-vida entregaram à Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) cerca de 30 mil assinaturas recolhidas através da plataforma CitizenGO, exigindo uma resolução para o Caso Manuela “com estrito apego ao direito, os fatos provados e afastados de pretensões ideológicas”.

“Manuela”, nome com o qual as plataformas abortistas se referem a María Edis Hernández de Castro, foi condenada em 2008 a 30 anos de prisão pelo Tribunal de Sentenças de San Francisco Gotera, em El Salvador por “homicídio agravado, contra seu filho recém-nascido”. Na sentença, os juízes disseram que “Manuela” “sabia da sua gravidez e que ela era fruto de uma infidelidade”, “optou por um comportamento contrário à própria natureza e às exigências do ordenamento jurídico”.

“Manuela” arrancou o cordão umbilical de seu bebê e jogou a criança em uma fossa séptica de esgoto. O bebê, chamado pelo seu avô de Dolores Gabriel, morreu sangrando e afogado nas fezes. Maria Edis Hernández morreu de câncer na prisão, dois anos após a sua condenação. Mesmo assim, ativistas pró-aborto querem anular a condenação, apresentando o caso como aborto espontâneo.

O abaixo assinado foi entregue no dia 20 de julho, na sede da CIDH, em San José da Costa Rica, por líderes pró-vida liderados por Mónica Araya, presidente da plataforma Crece por mi País, e deputados costa-riquenhos.

O Centro de Direitos Reprodutivos (Center for Reproductives Rights), organização abortista internacional com sede em Nova York, nos Estados Unidos, é o principal promotor do caso “Manuela” na CIDH. A organização está empenhada em descriminalizar o aborto em El Salvador.

A tendência favorável à legalização do aborto da maioria dos magistrados da CIDH tem despertado uma profunda preocupação nos defensores da vida desde a concepção em todo o continente americano.

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O aborto em El Salvador é proibido e a Constituição reconhece “como pessoa humana a todo ser humano desde o instante da concepção”. Nenhuma mulher está presa pelo crime de aborto em El Salvador.

Em diálogo com a ACI Prensa, Sara Larín, fundadora da Fundação VIDA SV, disse que “aqui de El Salvador, agradecemos muito à fundação Cresce por mi País, da Costa Rica, que com outras organizações como La Ola Celeste Latinoamérica ajudaram a coordenar a entrega das assinaturas de muitos salvadorenhos que desejamos expressar nossa preocupação sobre todas as mentiras que estão sendo ditas sobre o Caso 'Manuela' e outros brutais assassinatos de recém-nascidos”.

“De todas as partes do mundo, milhares de cidadãos acompanham nossa petição à CIDH para que resolvam [o caso] apegados à verdade e à autêntica justiça”, afirmou.

As dezenas de milhares de assinantes, disse ela, “compartilham a nossa preocupação diante da ameaça de uma utilização do Sistema Interamericano de Direitos Humanos para beneficiar setores ideológicos e o negócio lucrativo da prática de abortos”.

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