WASHINGTON DC, 30 de jul de 2021 às 15:11
"Eu só ouvi falar em dois extremos de feminilidade: um é ser uma mulher extremamente independente e sedenta de poder, o outro é ser uma mãe que tem filhos um atrás do outro. Minha feminilidade é definida por minhas conquistas ou por minha fertilidade?” A pergunta de Pamela Medina, uma caloura de 18 anos da Universidade Franciscana de Steubenville, nos EUA, é partilhada por muitas jovens. Medina e outras 15 jovens em idade escolar acharam a resposta em um acampamento dirigido pelo Instituto Gratia Plena em Leonardtown, Maryland. O Instituto Gratia Plena foi fundado por Kelly Marcum, casada e mãe de dois filhos.
Ela teve a inspiração para começar o acampamento rezando na missa. Recém-casada e trabalhando com política pró-vida, Marcum não deu muita importância no início, mas, em 2020, junto com o marido, decidiu realizar o projeto
Enquanto estudava na Universidade de Georgetown, mantida por jesuítas, Marcum diz ter visto muitas colegas sofrerem com "as conseqüências do feminismo tóxico". "O que eu testemunhei naquele campus, em uma escola que deveria ser um farol do catolicismo na capital de nossa nação, partiu meu coração”. “A cultura ensina que licença sexual é sinônimo de empoderamento, que se deve ter medo de sacrifício, e que a auto-satisfação é a faceta mais importante da felicidade".
Kimberley Cook, uma das oradoras do acampamento e autora do livro Motherhood Redemed: How Radical Feminism Betrayed Maternal Love (Maternidade Redimida: Como o Feminismo Radical Traiu o Amor Materno, em tradução livre), observa que muitas mulheres associam "feminismo" com militantes pelo direito ao voto como Susan B. Anthony, não percebendo que o termo se desenvolveu sob ativistas como Margaret Sanger e Betty Friedan e filósofas como Simone de Beauvoir. Para Cook, De Beauvoir defendia que “as crianças fossem criadas na escola ou na creche. Ela acreditava que uma mulher não deveria ter a opção de ficar em casa com seus filhos, isso nem deveria ser uma opção para as mulheres; elas têm que trabalhar fora de casa". Ela via mulheres que ficavam em casa e mulheres que estavam tendo muitos filhos como [tendo] quase uma doença mental grave".
Cook disse ao jornal National Catholic Register que o Instituto Gratia Plena existe “para combater este pensamento e reintroduzir as ideias católicas de feminilidade”. “Isso começa com a atmosfera pacífica do acampamento e com a rica vida sacramental: Liturgia das Horas, Missa, adoração, confissão e a reza do terço”, disse.
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Marcum aponta para a Comunhão dos Santos e o exemplo de santas católicas como um importante ensinamento para que as jovens participantes do acampamento Gratia Plena ampliem o conceito de feminilidade. "As mulheres sobre quem falamos aqui não são unidimensionais de forma alguma. Temos Santa Joana D´Arc, que conduziu o exército do seu rei à vitória; Santa Teresa, que preenchia cada momento com amor; Santa Gianna, uma mãe trabalhadora que sacrificou tudo por sua filha e Santa Margarida da Escócia, que cultivou esta brilhante vida interior enquanto criava oito filhos e governava um país com seu marido, fortalecendo o cristianismo na Escócia", diz Marcum.
Para maiores informações, visite: https://gratiaplenainstitute.com/
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— ACI Digital (@acidigital) July 30, 2021