MEXICO D.F., 25 de out de 2005 às 14:24
O Arcebispo do México, Cardeal Norberto Rivera, mostrou-se satisfeito de que nos meios de comunicação do país estejam gerando debates para aprofundar sobre a eutanásia e seu verdadeiro significado, e que posturas políticas há no país sobre o tema.Dirigindo-se aos jornalistas, o Cardeal disse que "graças aos senhores, este tema está sendo discutido, e tomara que a gente saiba que a eutanásia não é um bem morrer" como também não é "simplesmente ajudáar a morte", mas sim "tem outras conseqüências mais graves".
Referindo-se à importância do tema, o Cardeal Rivera se dirigiu aos católicos para recordar seu "direito" ou seja quais são os critérios que têm os candidatos políticos frente a temas como o aborto, a eutanásia e a homossexualidade, e pediu aos políticos que "a partir de agora nos digam seus projetos" para evitar que "cheguem dizendo que pensam de um modo e agem de outro".
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Católicos devem se defender das leis contrárias à Igreja
Do mesmo modo, o jornal Desde la Fé, órgão da arquidiocese do México, recordou as palavras do Cardeal em dias anteriores, nas quais convidou os católicos a manifestar-se contra as leis que atentam contra a vida e o pensamento da Igreja, qualificando de "arraigados no jacobinismo do século XIX, incapazes de evoluir para o século XXI" a quem questionou as palavras do Cardeal.
O artigo explicou que o Cardeal não fazia um "chamada à insurreição, mas uma proposta de sensatez e racionalidade que pode ser plenamente compreendida pelas próprias autoridades civis honestas e democráticas".
A Igreja não tem uma "proposta de anarquia política ou de desordem social" mas sim pelo contrário, reconhece os governos e as propostas políticas em diferentes marcos históricos mas sempre, fixando um limite quando as "autoridades, as instituições ou as leis são injustas em si mesmas para atuar contra o bem comum e destruir a dignidade da pessoa, pervertendo com isso sua razão de ser", ressaltou o artigo e acrescentou que "tem toda sua razão de ser a participação da Igreja frente à propostas de leis que vão contra a vida e a dignidade da pessoa, chame-se aborto, eutanásia, clonagem ou qualquer outro abuso desumano".