Amada de Jesus veio de uma família cristã da Espanha de cinco irmãs e dois irmãos. “Foi uma grande surpresa para todos quando o Senhor chamou as cinco irmãs para o instituto no espaço de dois anos”, conta ela, em vídeo publicado pelo Instituto Iesu Communio, instituto religioso feminino contemplativo fundado em 2010, na arquidiocese de Burgos, Espanha.

Testemundo da irmã Amada (em espanhol).

“A primeira a entrar foi Jordán”, diz, “e foi uma revolução para todas. O que não imaginava é que, no ano seguinte, Francesca e eu entraríamos, uma atrás da outra. E, depois de dois meses, entraria Ruth Maria, que é a mais velha das cinco”.

Amada de Jesus conta que, entre si, as irmãs não falavam nada da vocação religiosa, “não sabíamos da sede que o Espírito Santo estava suscitando entre nós”.

“O maior susto” foi de sua irmã Nazaré, que “quando intuiu que o Senhor a estava chamando”, ao ver “o que estava acontecendo em casa, pensava: ´não pode ser que Deus esteja chamando-nos a todas e ao mesmo instituto, e seguramente ele me chama”. Finalmente, seis meses mais tarde, Nazaré entrou para a Iesu Communio.

“Deus tem seus planos e sabe o momento e o lugar para cada uma. Só podemos dizer: que incomparável ternura e caridade!”.

Amada de Jesus explica no vídeo que, desde a sua infância, manteve “uma relação muito simples” com o Senhor. “Em um momento, soube que Ele me queria para si e só de pensar isso me enchia de alegria, mas pensava que a vocação era uma renúncia a ser mulher, esposa e mãe. E eu me colocava diante dele e lhe pedia que não me pedisse para renunciar a isso”.

Amada de Jesus começou a participar dos encontros organizados por Iesu Communio com a sua paróquia e sentia “uma experiência de alegria e esperança”.

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Nesses encontros, as irmãs contavam sua experiência “de resgate e cura, e o que Jesus havia feito nelas”. Nesses encontros, Amada de Jesus percebeu que “tudo o que tinha tentado anestesiar durante tantos anos era verdade”.

A jovem estudava pedagogia com ênfase em educação especial, quando conheceu “um mundo de sofrimento real. Eu era como uma jovem de hoje, que pensa que, se não tiver as medidas do corpo, ou alcançar o padrão em todos os aspectos, não vale nada. E, de repente, o Senhor me conduziu às pessoas com deficiência, que se deixam amar e amam. São pessoas nas quais tudo é amor”.

“Ele estava naquelas pessoas com deficiência, tirando o melhor de mim como pessoa. Eu estudava de manhã, e ficava pensando no que seria bom para esta e aquela outra pessoa. Porque no final, a plenitude é a doação de si mesmo. Você é feito para amar e ser amado e Ele é a fonte de amor”, explicou Amada.

Em dado momento, ela percebeu que “tinha se apaixonado por Jesus”. “Vim falar com a madre, porque precisava saber se aquilo era Ele de verdade, ou se eu tinha inventado”, recorda.

“Agora, passados 13 anos, posso dizer que é incomparável. O dom da consagração é incomparável. Hoje permaneço aqui por amor a Ele e sinto que me ama muitíssimo. Sinto que sou profundamente amada por Ele, gratuitamente”.

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