Os pais de Alta Fixsler, menina que nasceu o Reino Unido há dois anos com lesões cerebrais, esperam o desligamento do suporte vital “a qualquer momento”, segundo o porta-voz da família depois de serem derrotados na Justiça. “A qualquer momento, o hospital pode pôr em funcionamento um relógio de 72 horas para interromper a atenção de Alta”, disse Yossi Gestetner, amigo da família e porta-voz dos Fixsler, em entrevista ao programa EWTN News In Depth.

Desde seu nascimento, Alta é paciente do Royal Manchester Children’s Hospital (RMCH), centro médico gerido pela Manchester University NHS Foundation Trust. Ela nasceu oito semanas antes do esperado em Manchester, na Inglaterra, com uma lesão cerebral hipóxica isquêmica grave.

A batalha legal por sua vida começou em maio, quando a Manchester University NHS Foundation Trust solicitou ao Tribunal Superior de Londres permissão para retirar o suporte de vida de Alta. A fundação alegou que a criança não tinha qualidade de vida e estava sofrendo.

Contra o pedido, vários pediatras neurologistas disseram que Alta não sentia dor, mas o tribunal decidiu a favor do hospital. A família Fixsler recorreu ao Tribunal Superior, ao Tribunal de Recursos e ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

“Obviamente, é muito, muito difícil para os pais processar o que vem acontecendo nas últimas semanas”, disse Gestetner. Ele criticou os tribunais por “dizer essencialmente que os pais não têm o direito” de decidir o que é melhor para os seus próprios filhos. Gestetner qualificou como “arrasador” que, em todas as cortes de Justiça, a decisão tenha sido que o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido pode decidir sobre o destino da criança. O governo do Reino Unido detém “literalmente o controle sobre as decisões médicas das pessoas, especialmente quando a pessoa está dentro de uma instituição médica e especialmente se for o caso de uma criança”, disse.

Embora os pais de Alta tenham se mudado para o Reino Unido em 2014, eles são cidadãos israelenses. O pai da menina é também cidadão americano. Como judeus hassídicos, Abraham e Chaya Fixsler querem manter o suporte vital de Alta. “Os pais, seja por conta própria ou influenciados por seus ensinamentos religiosos, têm o direito e a responsabilidade de tentar encontrar a melhor atenção”, disse Gestetner.

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Os Fixsler querem levar a filha para um hospital fora do Reino Unido. Hospitais de Israel e dos Estados Unidos ofereceram seus serviços, mas o poder judicial do Reino Unido determinou que a mudança de Alta não significaria nenhum benefício para a menina e só lhe causaria mais dor.

Os profissionais da saúde, disse ele, “sabem como fazer isso de uma maneira cuidadosa e delicada”. A argumento da dor é um “raciocínio interessante, para proibir a tentativa de cuidar de Alta, sobretudo quando os profissionais médicos dos Estados Unidos e de Israel dizem que sua condição clínica tem potencial de melhorias”, afirmou.

“Não acredito que ninguém credível possa argumentar que um estabelecimento em Manchester, sem ofender o profissionalismo do seu pessoal, mas ninguém pensaria que uma instituição local em Manchester tem as mesmas capacidades que alguns dos especialistas e instituições aqui nos Estados Unidos ou em Israel”, continuou Gestetner.

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