Dom Juan José Aguirre, bispo de Bangassou, na República Centro-Africana, é missionário comboniano e está há mais de 40 anos no país lutando para levar o Evangelho a todas as pessoas que sofrem com o horror da guerra e da pobreza. “As pessoas estão aqui porque nós ficamos. Muitas ONGs foram embora. Nós, religiosos e católicos, ficamos. Quando nos roubaram tudo, não nos roubaram a fé e isso fez com que as pessoas viessem às paróquias, aos cursos de crisma, participando neles com dedicação. Depois da crisma elas se engajam nos grupos paroquiais para crescer na fé”, disse dom Juan José em um testemunho publicado pela arquidiocese de Barcelona, Espanha.

Dom Juan José Aguirre em missa na diocese de Bangassou. Imagem: captura de tela - YouTube.

Em mensagem de vídeo, o bispo, nascido em Córdoba, Espanha, em 1954, disse que o povo da República Centro-Africana é muito religioso, “vêm muito à igreja. Nos domingos, se alguém não chegar a tempo, fica sem lugar”.

O povo da diocese vem sofrendo com a guerra há mais de cinco anos sem tréguas. Segundo a arquidiocese de Barcelona, o principal motivo para tanta vitalidade na diocese é a consciência de serem queridos e protegidos pela Igreja e seus sacerdotes.

Essa igreja simples e humilde nunca deixa de confiar e crer num Deus que é Pai e os ama, afirmou a arquidiocese de Barcelona. Para eles, a resposta de Deus às orações pelos sofrimentos são “todas estas pessoas que vêm de outros países para ajudar-nos e consolar-nos em nossa situação”.

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“Não perdemos a fé porque temos pessoas ao nosso lado que, apesar das desgraças e horrores que lhes tocou viver, não deixam de ir à paróquia para rezar e pedir ajuda. Nós nos ajudamos entre todos, para seguir confiando e crendo que o Amor triunfará ao final”, disse o bispo.

Os fiéis de Bangassou dizem: “católico nasci e católico morrerei”, afirmou dom Aguirre. “Assim é a Igreja em Bangassou, que vai crescendo pouco a pouco com a graça de Deus”, concluiu.

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