O Departamento de Justiça dos EUA divulgou uma mensagem especial de “Volta às Aulas” em seu canal do YouTube. Por que, você pode perguntar, o Departamento de Justiça, o mais alto organismo de aplicação da lei do mais poderoso país do mundo, está produzindo uma mensagem de volta às aulas?

Eles estão dando as boas-vindas aos “alunos trangêneros”. Na superfície, a mensagem parece calorosa e amigável. Mas, abaixo da superfície está uma obra-prima de propaganda da revolução sexual: Isto é o Estado Sexual em ação.

Começa inofensivo. A secretária-assistente de Direitos Humanos Suzanne Goldberg sorri para a câmara e nos garante que um monte de crianças tem ansiedades em relação ao novo ano escolar, que nos EUA começa em setembro. Depois de estabelecer essa relação com o espectador, ela continua: “Se você for transgênero, talve esteja preocupado simplesmente sobre ser aceito e estar seguro e ser tratado com respeito ao entrar no novo ano escolar.” Como se isso fosse uma questão óbvia em escolas decoradas com adesivos de “Espaço seguro” e sinalização de apoio transgênero.

Da mesma forma, a vice-secretária de Justiça para a Divisão de Direitos Civis, Kristen Clarke, começa bem simpática, reconhecendo que “muitas escolas estão dando o melhor de si para tornar as escolas seguras e receptivas para todos os estudantes, inclusive os estudantes LGBTQI.” Mas, então, o tom pesa. Esse não é o caso para todo mundo, entoa ela, “incuindo, talvez, você”.

Com essa frase, essa funcionária de alto-escalão do governo federal faz uma aliança com o estudante: “Em alguns lugares, as pessoas estão pondo obstáculos, para impedir você de jogar no campo de esportes, ter acesso ao banheiro e receber o cuidado que apóia e salva vidas de que você pode precisar.” Em outras palavras, “todas essas pessoas terríveis que se opõem à nossa agenda estão ameaçando a sua saúde e seu bem-estar.”

Daí, bate o martelo: “Estamos aqui para dizer que isso é errado. É contra a lei.” Em outras palavras, o Departamento de Justiça e o governo federal inteiro está do seu lado. O vídeo diz aos estudantes onde eles podem registrar uma queixa.

Alguns estudantes que adotam uma identidade transgênero estão no espectro autista. Muitos adolescentes se sentem fora do lugar e socialmente desajeitados. Quando “saem do armário” como trans, subitamente eles têm amigos e apoio. Agora, eles aprenderam que o governo federal “protege as costas deles.”

Muitas escolas públicas e privadas têm GSAs, inicialmente definidos como “Aliança Homo e Heterossexual” (Gay Straight Alliance, em inglês), mas recentemente definida como Aliança de Gênero e Sexualidade (Gender and Sexuality Alliances, em inglês). Em muitas escolas, esses clubes têm mais cartazes e material de promoção no recinto das escolas do que qualquer outro clube.

Quem exatamente, então, vai registrar queixa?

Talvez uma criança em um Estado que esteja tentando resistir à armada trans, aprovando leis designando uso de banheiros e participação atlética segundo o sexo do corpo. A criança que se auto-identifica como trans pode se tornar o foco de um caso-teste. Talvez alguma escola rural em algum lugar ainda esteja “resistindo” contra a ideologia de gênero. O governo federal pode entrar e pôr o distrito escolar na linha com um processo judicial ou mesmo com a simples ameaça de um processo.

As escolas frequentemente apoiam mais os desejos da criança que os pais dela. As escolas ajudam a criança a obter intervenções médicas de mudança ou disfarce do sexo do corpo. Os pais já têm medo de perder a criança para os serviços de proteção à criança por causa dessas questões. A criança registrar uma queixa com o governo federal pode intimidar os pais à submissão.

Falando de intimidação, Rachel Levine, secretária-assistente de saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, tem muito a dizer nesse vídeo. Levine é um homem biológico que vive como mulher. Fico pensando se Levine se preocupa tanto com outras formas de intimidação. Crianças no espectro do autismo são intimidadas por causa do seu desajustamento social e outros sintomas. É por isso que às vezes se sentem temporariamente melhor quando decidem se rotular como “trans”: as crianças na escola passam a bajulá-las.

E as crianças que são intimidadas por suas crenças religiosas? Ou sua aparência? E as meninas que se sentem manipuladas a mandar nudes para seus namorados e depois são insultadas quando esses rapazes mostram as fotos na escola inteira? E as alunas do sexo feminino que se sentem inseguras dividindo o banheiro com estudantes do sexo masculino que alegam ser do sexo feminino? Nenhuma dessas crianças recebe uma mensagem de vídeo do Departamento de Justiça prometendo protegê-las.

Uma coisa é certa: o Estado Sexual não vai deixar parentes, Estados e cidades tomarem suas próprias decisões, aprovar suas próprias leis, ou se adaptar aos desejos de sua própria população. O Estado Sexual, capturado por ideólogos, está aqui para aplicar o admirável mundo novo onde ninguém é definido por seu corpo.

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O Departamento de Justiça está dizendo ao público americano: Nenhum debate sobre ideologia de gênero é permitido. Nós definimos e respondemos todas as perguntas ao nosso próprio gosto.

Esse vídeo é uma clara mensagem de Individualismo Radical com I maiúsculo e R maiúsculo: “Você é quem quer que você queira ser.” Esse é o lado sedutor do Individualismo. “Você não terá conexões permanentes com nenhum outro ser humano. O Estado vai providenciar isso.” Esse é o lado sinistro do Individualismo.

O Estado vai se pôr entre as crianças e os pais. O Estado vai se pôr entre o departamento escolar local e a comunidade que ele prometeu servir. O Estado vai se pôr entre a criança e seu próprio corpo com gênero, se a criança quiser, ainda que temporariamente.

Esse vídeo manda uma mensagem inconfundível: “Temos a intenção de impor nossa ideologia, goste você ou não. Estamos preparados para usar as crianças como agentes. Queremos que as crianças delatem seus pais e seus professores. Elas não podem confiar nos adultos que fazem parte da vida delas, como professores ou pastores. Elas não podem confiar nas pessoas que lhes deram a vida, os pais delas. Queremos que toda criança nos veja, e só a nós, como seus salvador e protetor.”

Não se engane. O “movimento transgênero” não é um movimento de baixo para cima. Esse “movimento” é a criação artificial de elites, que tomaram o poder do Estado para refazer o mundo à sua própria imagem e semelhança fluída. Sem a força do govenro federal esmagando o dissenso, esse movimento não teria pernas. Ponto final.

Bem vindo de volta às aulas.

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Jennifer Roback Morse é a fundadora e presidente do Ruth Institute, que ajuda vítimas da revolução sexual a se recuperar de suas experiências e se tornar defensores de mudanças positivas.

 

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