A primeira Marcha pela Vida em frente ao Capitólio da Califórnia, nos Estados Unidos, para exigir que a vida seja defendida desde a concepção até a morte natural foi realizada no dia 25 de agosto.

O evento foi coordenado pela organização nacional Marcha pela Vida (March for Life) e o Conselho de Família da Califórnia (California Family Council), grupo político pró-vida afiliado à Focus on the Family no estado. A atividade começou às 11h da manhã, nos degraus do Capitólio, na cidade de Sacramento, e continuou com uma marcha, ao meio-dia.

Participaram do encontro: a presidente do Fundo de Educação e Defesa da Marcha pela Vida, Jeanne Mancini; o presidente do California Family Council, Jonathan Keller; o deputado James Gallagher; os senadores pró-vida Brian Jones e Shannon Grove; a diretora executiva da California Alliance of Pregnancy Care, Allison Martinez; e o líder da Destiny Christian Church, Greg Fairrington.

Também participaram lideranças jovens, como: a coordenadora regional do Students for Life Northern California, Lea Kalinowski; os diretores executivos de Pro-Life San Francisco, Kristin Turner, da Right to Life Central California, John Gerardi, e da Right to Life Kern County, Marylee Shrider.

O evento foi conduzido por Keller, que declarou que “apesar da reputação progressista da Califórnia, quando se trata de tratar cada vida humana com dignidade e respeito, nosso Estado de Ouro tem um histórico obscuro”. A marcha busca, disse ele, “celebrar o dom da vida de Deus, desde a concepção até seu final natural. Voltemos a comprometer-nos com a liberdade e a justiça para todos, nascidos e não nascidos”.

No início do evento, Greg Farrington, pastor da Igreja Cristã Destiny, dirigiu a oração de abertura. Rachel Storment, da mesma organização religiosa, cantou o hino nacional.

Farrington disse que “a pior pandemia na América é o aborto” e lamentou os seis milhões de bebês que morreram dentro do ventre materno por causa do aborto no país. Além disso, afirmou que a comunidade tem a responsabilidade “de não fazer mais silêncio” sobre isso. Ele também rezou a Deus para que os senadores comecem a seguir a ciência e deixem de “legislar a morte”.

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O republicano Gallagher agradeceu ao crescente número de pessoas que são uma “voz pela vida” e afirmou: “estamos mudando corações e mentes nesta nação”. O senador lembrou que, quando se fala dos não nascidos, fala-se de vidas que têm direitos que procedem de Deus e são reconhecidos pela Constituição. Portanto, “devem ser reconhecidas por este governo”.

Por sua vez, o senador Brian Jones leu um trecho da Constituição da Califórnia e lembrou que ela promove “a defesa da vida”. No entanto, com a promoção do aborto, a Constituição “foi destruída, abusada, mas não será mais assim”.

A senadora republicana Shannon Grove, primeira mulher eleita como legisladora na Califórnia, criticou o financiamento dos abortos com fundos públicos do Estado sem o consentimento de muitos contribuintes. Segundo ela, a Marcha pela Vida da Califórnia é o maior movimento no estado nos dez anos em que ela vive na Califórnia e isso é uma prova da rejeição das leis contra a vida. “Estamos lutando pela vida dos nascituros”.

Allison Martinez também participou dizendo que, com a ausência do governo na proteção da vida desde a concepção, ao Centro para Atenção à Gravidez da Califórnia (California Alliance of Pregnancy Care) oferece anualmente serviços de saúde gratuitos a mais de 90 mil mulheres na Califórnia. Ela afirmou que a organização ajuda muitas mulheres que se arrependem de abortar e buscam reverter seus efeitos para salvar seus bebês, seja para assumir sua responsabilidade como mães ou dá-los em adoção. Também lhes oferecem apoio emocional, espiritual e fazem atividades de capacitação. Allison fez uma chamada para que continuem colaborando com a instituição.

A líder pró-vida Jeanne Mancini lamentou que, desde que o aborto foi considerado um direito constitucional nos Estados Unidos em 1973, 62 milhões de pessoas já morreram. Ela afirmou que o aborto é o abuso da humanidade de nossos tempos. Diante disso, lembrou que o movimento da Marcha pela Vida congrega pessoas de diferentes crenças que se manifestam pelos que não podem falar por si mesmos. Embora existam diferenças, “estamos unidos pelo entendimento comum de que toda vida desde a concepção merece proteção”, disse ela, que incentivou todos a se juntar à defesa da vida através de canais de comunicação e convidou mais pessoas a se unirem na construção de “uma cultura da vida”.

Grandes eventos em favor da vida foram realizados em várias grandes cidades da Califórnia. Por exemplo, a caminhada pró-vida Walk for Life West Coast é realizada em São Francisco há 17 anos. A OneLifeLA é realizada em Los Angeles desde 2015.

Em 4 de agosto, Mancini disse que a Marcha pela Vida da Califórnia é a primeira de seu tipo no Estado. Ela afirmou que “é uma oportunidade para que os defensores da vida na Califórnia se unam e encorajem os legisladores estaduais a elaborar políticas que respeitem os direitos dos não nascidos”.

A página da March for Life afirmou que o evento realizado em Sacramento ajudará a mostrar que há um lobby efetivo, abordará problemas atuais específicos na Califórnia e informará os participantes sobre “o que pode ser feito agora mesmo para defender as políticas pró-vida ante seus representantes eleitos da Califórnia”.

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