Empresas sediadas nos Estados unidos reagiram à lei anti-aborto que entrou em vigor no Texas em 1º de setembro doando dinheiro a defensores do aborto ou com declarações contra a lei. A Lei da Batida do Coração proíbe abortos desde o momento em que se possa detectar batimentos cardíacos do bebê no ventre da mãe, o que ocorre por volta da sexta semana de gravidez. É a maior restrição legal ao aborto adotada em um Estado americano desde que a Suprema Corte do país liberou o aborto em 1973 na decisão do caso conhecida como Roe x Wade.

Uber e Lyft, de aplicativos de transporte, foram duas das primeiras empresas a entrar no debate. Em uma declaração do dia 3 de setembro a Lyft disse que a lei texana “é incompatível com os direitos básicos das pessoas à privacidade, as diretrizes de nossa comunidade, o espírito do transporte compartilhado e nossos valores como companhia.”

Funcionários da Lyft alegam que a lei ameaça punir injustamente motoristas que levem clientes a clínicas de aborto. A companhia criou um fundo para financiar a defesa de motoristas que sejam processados segundo a lei e doou US$ 1 milhão para Planned Parenthood, a maior multinacional de clínicas de aborto do mundo.

Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, disse em um tuíte que sua companhia também cobrirá despesas legais de seus motoristas. “Motoristas não deveriam ser punidos por levar as pessoas aonde elas querem ir”, disse Khosrowshahi.

A nova lei do Texas permite ações civis contra alguém que “conscientemente se envolve em ação que ajuda ou permite a realização ou a indução” de um aborto ilegal.

Em um memorando para os empregados, Shar Dubey, CEO da Match Group, proprietária do aplicativo de encontros Tinder, disse que a nova lei “representa um perigo para as mulheres” e que ela vai determinar um fundo para a defesa de empregados texanos da empresa que venham a ser processados pela nova lei.

Bumble, competidor do Tinder, também anunciou sua oposição à lei e informou que está fazendo doações a seis organizações pró-aborto.

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Não apenas empresas se puseram contra a lei. O Conselho da cidade de Portland, Oregon, vota na próxima semana uma resolução de emergência para proibir viagens ao Estado do Texas, assim como a compra de bens e serviços do Texas, “até que a proibição inconstitucional do aborto seja retirada ou derrubada pela Justiça.”

A empresa de hospedagem de sites GoDaddy removeu o site da organização pró-vida Texas Right to Life (Direito à vida) por violar as políticas da empresa. O site ProLifeWhistleblower.com, da organização pró-vida, havia introduzido uma nova página para denúnica de abortos segundo a nova lei. GoDaddy notificou a Texas Right to Life que a página violava os termos de serviço. A organização pró-vida disse qua GoDaddy se recusou a dizer como os termos estavam sendo violados.

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