SAN SALVADOR, 13 de set de 2021 às 16:10
A Conferência Episcopal de El Salvador (CEDES) rejeitou as tentativas de legalizar o aborto e a eutanásia por meio de uma reforma constitucional. Em comunicado lido por dom José Luis Escobar Alas, arcebispo de São Salvador, em 12 de setembro, a Cedes disse que, “em razão da humanidade, e como cristãos, somos absolutamente a favor da vida desde sua concepção até sua morte natural”.
Comunicado de la Conferencia Episcopal de El Salvador "ante los acontecimientos que está viviendo nuestro País".
— Conferencia Episcopal de El Salvador (CEDES). (@iglesia_sv) September 12, 2021
"Bienaventurados los que tienen hambre y sed de justicia, porque ellos serán saciados" (Mateo 5,6).
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“Quanto à reforma constitucional, ouvem-se muitas vozes que temem um retrocesso quanto à defesa da vida humana”, diz o comunicado.
Líderes pró-vida advertiram para a reforma constitucional impulsionada pelo vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, que poderia abrir as portas ao aborto, à eutanásia, à agenda LGBT e ameaçaria a liberdade religiosa no país.
A Constituição de El Salvador reconhece atualmente, em seu artigo 1º, “como pessoa humana a todo ser humano desde o instante da concepção”.
A reforma proposta pretende acrescentar o termo “em geral”, que poderia abrir as portas à descriminalização do aborto no país.
Além disso, imporia a eutanásia ao estabelecer “o direito a uma morte digna, previamente consentida”.
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A reforma também eliminaria a menção à união entre “um varão e uma mulher” no artigo 33º da Constituição de El Salvador, que fala sobre as relações familiares, acrescentando no artigo anterior, o 32º, que a proteção à família será “seja qual for a sua conformação”.
A conferência episcopal salvadorenha disse, neste 12 de setembro, que “não se pode aceitar uma reforma constitucional que estabeleça as condições para a legalização do aborto”, e nem “a reforma constitucional que, com uma linguagem equívoca, chamando-lhe morte digna, legalize a eutanásia. O assassinato nunca será legítimo”.
A Cedes também afirmou que “o fundamento da família é o matrimônio, cuja função primordial é a transmissão da vida, graças à natural complementaridade entre o homem e a mulher”.
“Além disso, tem a função de educar os filhos e transmitir a cultura. A Constituição, conforme os valores e princípios de nossa sociedade, deverá defender o bem da vida e da família”, diz o comunicado da Cedes.
Mais de 20 mil pessoas já assinaram em uma campanha lançada na plataforma CitizenGO, expressando sua rejeição à reforma constitucional. Para se unir a elas (em espanhol), clique AQUI.
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— ACI Digital (@acidigital) September 13, 2021