25 de set de 2024 às 06:00
Você imagina conhecer ou ter conhecido algum santo da Igreja? Essas cinco pessoas foram seus amigos próximos e decidiram descrever brevemente a relação que tiveram, algumas histórias e como eles marcaram suas vida.
Entre os santos que essas pessoas conheceram e o National Catholic Register apresenta, estão: são Josemaría Escrivá, santa Teresa de Calcutá, são João Paulo II, são Maximiliano Kolbe e são Pio de Pietrelcina.
1. John Coverdale e são Josemaria Escrivá
John Coverdale é professor na Faculdade de Direito da Universidade Seton Hall, em Nova Jersey (Estados Unidos), e foi membro do Opus Dei por mais de 50 anos. Trabalhou para a ordem em Roma entre 1960 e 1968 e tinha contato com são Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei.
“Eu encontrei um homem de grande fé, que amava Deus, amava Nossa Senhora e todos aqueles que estavam perto dele. Tinha uma grande preocupação pessoal por cada pessoa que interagia, o que me surpreendeu ao considerar que éramos uma grande organização internacional”, indicou John.
“Também era muito engraçado. Não tanto por contar piadas, mas por alguns gestos especiais que fazia quando falava ou por mexer os ombros e as sobrancelhas que conseguia fazer com que todas as pessoas rissem. Se assistirmos alguns vídeos dele conversando com grupos, notaremos que as pessoas riem muito”, acrescentou.
2. Padre George Vaniyepurackal e santa Teresa de Calcutá
Padre George Vaniyepurackal é o pároco de São Paulo, em Jacksonville, Flórida (Estados Unidos). Nasceu em Kerala, na Índia, e teve a oportunidade de observar santa Teresa de Calcutá no seu trabalho.
“Ela fez todas as coisas que Jesus nos chamou a fazer em Mateus 25 (‘Eu tive fome e me deste de comer...’). Ela acreditou e viveu. Ela me inspira a acreditar e a viver o Evangelho também. Quando eu vou visitar uma pessoa doente deitada em uma cama de hospital, acho que estou visitando Jesus”, sublinhou.
O sacerdote disse que primeiro visitou a madre quando era seminarista e a visitou novamente depois da sua ordenação. Celebrava Missa para ela e para a sua comunidade: “Lembro-me de vê-la rezando na sua pequena capela. Tinha um grande amor à Eucaristia, que eu achava muito impressionante”.
3. Rene Henry Gracida e são João Paulo II
Rene Henry Gracida, Bispo emérito de Corpus Christi, Texas (Estados Unidos), conheceu vários papas, entre eles o papa João Paulo II. Visitou-o na Cracóvia em 1978, pouco antes de ser eleito papa.
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Dom Gracida, um veterano da Segunda Guerra Mundial, recordou: “Ficou fascinado pelo fato de eu ter sido aviador durante a Segunda Guerra Mundial. Ele me fez centenas de perguntas. Tornamo-nos amigos. Tenho um lugar maravilhoso para ele no meu coração”.
4. Padre Lucjan Krolikowski e são Maximiliano Kolbe
O frei franciscano Lucjan Krolikowski viveu em comunidade com são Maximiliano Kolbe em Niepokalanow, na Polônia, que na década de 1930 era o maior mosteiro do mundo.
“O padre Maximiliano Kolbe liderou o apostolado e foi o coração e a alma da comunidade. Conheci alguns santos na minha vida, mas, na minha opinião, o padre Maximiliano Kolbe foi o mais santo. Tinha um impacto sobre as pessoas, queriam imitá-lo”, acrescentou.
A comunidade foi devastada pela prisão de São Maximiliano pelos nazistas. Padre Lucjan recordou que “os irmãos gostavam tanto de Maximiliano Kolbe que queriam renunciar as suas próprias vidas pela sua libertação”.
“Mas a Gestapo disse aos nossos frades e sacerdotes que, mesmo que enviássemos 20 ou 30 homens para ocupar o lugar dele, eles não libertariam Maximiliano Kolbe. Era muito valioso. Além disso, estavam bravos com ele porque as nossas publicações tinham as caricaturas de Hitler”, acrescentou.
5. Guglielmo “Guillermo” Lauriola e são Pio de Pietrelcina
Padre Guglielmo “Guillermo” Lauriola é o pároco aposentado da Igreja da Imaculada Conceição, em São Francisco. Cresceu em Monte Sant'Angelo, a 16 milhas a leste de San Giovanni Rotondo, onde viveu são Pio de Pietrelcina.
O sacerdote visitou o famoso santo quando era criança: “Eu estava um pouco assustado com seus estigmas. Disse-me para que não olhasse para ele. Estava preocupado que estivesse sentido muita dor. Conseguia ver o sofrimento no rosto dele; era pouco visível. Parecia que sofria especialmente nas sextas-feiras. Perguntei-lhe: ‘Por que você tem que sofrer tanto?’. Ele me respondeu: ‘Estas feridas são para compensar os meus pecados e os pecados dos outros’. Eu disse que o meu tio era um médico, e pedi-lhe que o ajudasse com algum remédio. O padre Pio disse: ‘Não, o remédio não servirá de nada’”.
“Lembro quando fui ao funeral do padre Pio em 1968. Ajoelhei-me diante do seu corpo e rezei. Vi as suas mãos e seus pés, e os estigmas desapareceram. Estavam limpos, como se os estigmas nunca tivessem aparecido”.
Padre Lauriola foi ordenado sacerdote em 1953 e regressava regularmente para ver o padre Pio: “Eu contei para ele que ia ser missionário na Coreia e ele me disse: ‘Lembre-se, há apenas um Deus’. Não entendi o que ele queria dizer nesse momento. Entretanto, depois entendi. Nós, missionários, vamos ao exterior e fazemos um bom trabalho ajudando as pessoas e podemos ser tentados a nos sentirmos orgulhosos, achando que somos santos. O Padre Pio estava me lembrando de dar glória a Deus”.