A Suíça votou no último domingo, 26 de setembro, pela legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Cerca de 64% dos eleitores da Suíça votaram a favor da legalização das uniões homossexuais.  É o 30º país do mundo a aprovar a medida.

As uniões civis de pessoas do mesmo sexo existem na Suiça desde 2007. Em dezembro de 2020, o parlamento suíço aprovou a lei chamada "Casamento para Todos", que legalizou as uniões homossexuais com o nome de “casamento”.

Em abril deste ano, os ativistas recolheram assinaturas suficientes para garantir um referendo. Mais de 61 mil assinaturas válidas foram apresentadas a favor de dar aos 8,5 milhões de habitantes do país a última palavra sobre a lei, que na prática, equipara as uniões entre pessoas do mesmo sexo com o casamento tradicional.

O resultado do referendo foi apertado em algumas áreas da Suíça. Na região de Appenzell Innerrhoden, tradicionalmente católica, 50,8% dos eleitores apoiaram a proposta, que entrará em vigor em julho de 2022.

A presidente da Federação Suíça das Mulheres Católicas (SKF), Simone Curau-Aepli, saudou o resultado do referendo após a divulgação do resultado. "Estou realmente feliz por todos terem dito sim ao casamento para todos. Para nós, este é um momento sumamente emotivo. Nós, da Associação das Mulheres Católicas Suíças, lutamos por isto há 20 anos e defendemos a igualdade de dignidade e de direitos".

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A conferência de bispos católicos da Suíça disse em dezembro de 2020 que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo estava "repleta de numerosas dificuldades administrativas, legais e éticas".

“A Igreja Católica está principalmente encarregada do sacramento do matrimônio. Ela celebra perante Deus a união do homem e da mulher como uma vida comum, estável, e reprodutiva, estabelecida no amor", disse a conferência dos bispos suíços numa declaração do último 4 de dezembro.

"É por isso que [estamos] convencidos, também em relação ao casamento civil, que o uso do termo 'casamento' não deve ser estendido a qualquer tipo de ligação entre duas pessoas, independentemente do seu sexo. Tal uso do termo traria uma igualdade que, na [nossa] opinião, não pode existir", afirmaram os bispos.

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