A Associação de Vítimas do Aborto (AVA), enviou uma resposta ao documento "O aborto na legislação espanhola: uma reforma necessária" da catedrática em Direito Penal, Patricia Laurenzo Copello, publicado pela Fundação Alternativas e com o qual se pretende justificar a necessidade da legalização do aborto na Espanha.

AVA contradisse as considerações apresentadas pela Fundação Alternativas, explicando que o aumento do número de abortos na Espanha não se deve ao sistema penal a não ser a falta de cumprimento do direito de toda mulher grávida de forma inesperada a ter alternativas prévias a um aborto e a conhecer toda a informação de riscos, seqüelas e do método de realização do mesmo".

No documento dos abortistas se expõe que a "interrupção voluntária da gravidez se encontra em um precário estado de provisionalidade", porque depois de dez anos, continua vigente a Lei Orgânica que aprovou o Código Penal de 1995 –em renúncia à despenalização do novo corpo legal– e que apela à necessidade de elaborar uma lei especial que contemple a viabilidade do aborto em certos casos.

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Às considerações apresentadas por Laurenzo, a secretária da AVA, Victória Uroz, explicou à Europa Press que este relatório esquece que o aborto "se realiza na Espanha sob uma enorme pressão social e falta de liberdade real da mulher", deixando de lado que "a mulher que aborta é vítima de violência e de ignorância porque não nunca é informada de que o aborto danifica irreversivelmente de modo psicológico, e muitas vezes físico de toda mulher que aborta, além de eliminar a vida de seu filho".

Uroz declarou que as leis que legalizam ou regulamentam o aborto "não têm por que adaptar-se a interesses econômicos ou partidaristas" mas sim devem "proteger a mulher" do problema de que muitas destas têm um assessoramento que está "mediatizado" dependente da própria indústria do aborto e, em muitos casos, são os profissionais vinculados a centros abortistas "os que assinam os atestados psiquiátricos em 97 por cento dos casos de aborto".

Finalmente, a AVA chamou a atenção dos profissionais de saúde, para que atuem sob sua "liberdade de consciência" frente a este tipo de leis, lembrando que os "médicos se formam para servir e cuidar da vida humana desde sua concepção, conforme se destaca em seu código deontológico".