O Pew Research Center (PRC) afirmou em seu último relatório anual que os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido ou assediado na maioria dos países do mundo há 12 anos.

Em seu 12º relatório anual, o PRC analisa estatisticamente a situação das restrições à prática religiosa em 198 países e territórios do mundo, com base em políticas e eventos ocorridos em 2019, antes da pandemia da Covid-19.

O relatório revelou que em 2019 foi atingido o maior nível de perseguição de pessoas por causa de sua fé, seja por parte do governo ou de grupos sociais, nos últimos 12 anos.

Foi estudada a perseguição de grandes grupos religiosos como cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, budistas, mas outras religiões e pessoas não afiliadas a uma religião em particular também foram incluídas.

De todos os grupos religiosos investigados, os cristãos sofreram assédio em 153 países, número que os mantém como o grupo religioso mais perseguido no mundo desde 2007, ano em que o PRC publicou a primeira edição deste estudo. Há 15 anos, os cristãos eram perseguidos em 107 países. O segundo grupo religioso mais perseguido são os muçulmanos, que sofreram assédio em 147 países em 2019.

O estudo concluiu que embora tenham diminuído os números relacionados com hostilidades sociais, que incluem assédio por identidade religiosa de uma pessoa até a violência perpetrada por grupos religiosos ou conflitos sectários e terrorismo, as restrições em matéria de religião realizadas pelos governos alcançaram o pico mais alto.

As restrições dos governos do mundo em matéria de religião incluem "leis, políticas e ações oficiais que violam as crenças e práticas religiosas de grupos ou indivíduos dentro de um país". Por exemplo, menciona a interferência na pregação, adoração ou culto.

Sobre este assunto, o estudo afirmou que a média global atingiu o nível mais alto em 2019 desde que o PRC começou a investigar este problema em 2007.

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“No total, os governos de 180 países perseguiram grupos religiosos de alguma forma em 2019, por exemplo, detendo pessoas por praticarem sua fé, e 163 governos interferiram na adoração”, informou.

Por outro lado, o relatório informou que, entre os 25 países mais populosos do mundo, Egito, Índia, Paquistão, Nigéria e Rússia apresentam os maiores níveis de restrições religiosas.

Dentro desse grupo de países, China, Egito, Rússia, Irã e Indonésia tiveram os níveis mais altos de restrições induzidas pelo governo; enquanto Índia, Paquistão, Bangladesh e Egito atingiram os níveis mais altos de hostilidades causadas por grupos sociais.

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